15.5.13

Odivelas: O PROJECTO

PRIMEIRO - O PROJECTO.


Muitos são aqueles, tal como eu, que não aceitam ver Odivelas condenado a ser um dormitório de má qualidade, onde tudo é feito em cima do joelho, sem qualquer nexo e sem estratégia, gastando o dinheiro que é de todos, em prol de interesses pessoais ou corporativos.

Muitos são aqueles, tal como eu, que não entendem como se estoiram 45 Milhões de Euros num Pavilhão Multiusos e se deixam ao abandono monumentos como o Senhor Roubado, o Túmulo de D. Dinis, as Fontes de Caneças ou mesmo a Quinta do Espanhol. Muitos também não entendem como se estoira todo esse dinheiro e não se apoia o Comércio Local e a Economia de forma a impedir o aumento colossal do desemprego no Concelho, mais 60% em três anos. Muitos também não entendem como é que, tendo a Câmara cerca de 40 juristas nos seus quadros, se estoira 1 Milhão de Euros em Advogados, se menospreza o desporto e se deixa cair o maior e mais representativo clube do Concelho, o Odivelas F.C., o qual tinha cerca de 1.000 crianças a praticar desporto. Muitos também não entendem como é que com todo este desperdício, e com Vereadores a passearem-se nos carros da Câmara, ainda temos muito idosos isolados.

Também muitos, tal como eu, questionam a forma como Susana Amador está a tratar a questão dos SMAS, o facto de pouco ou nada ter sido feito em matéria de Segurança, ter tido uma atitude pouco firme e proactiva na questão do encerramento do Instituto de Odivelas, para além do facto de não ouvir as propostas que ao longo deste mandato foram feitas com frequência e de não ter o mínimo de respeito pela oposição, nem por quem quer que seja que a confronte com o mais pequeno problema ou questão.

Estas são apenas algumas das questões que muitas vezes coloco e sobre as quais também muitas vezes sou abordado das mais diferentes formas, pelos mais variados cidadãos, e tudo isto acaba com uma mesma questão - quando é que isto terá fim?

Confesso que para além de toda esta quantidade de problemas e da forma como em Odivelas se gere a coisa pública, que é terrível, o que mais me impressiona, como já muitas vezes deixei expresso, é a falta de visão, de estratégia, de competência e/ou vontade para fazer algo de verdadeiramente relevante por esta Terra.

Vem tudo isto a propósito de estarmos relativamente próximo das autárquicas, de ter assumido ao longo do tempo determinadas posições, as quais muitas delas acima resumi, de ao longo deste tempo ter colaborado na elaboração de várias propostas e projectos, do facto de ser presidente do CDS – Odivelas e de por via disso já me terem questionado: qual o candidato do CDS à Câmara, qual o candidato que o CDS irá apoiar e até se serei o candidato.

Não gosto de rodeios nestas questões, nem tão pouco tenho por hábito esquivar-me à abordagem de certos temas e por isso estou hoje, neste texto, a fazê-lo. A grande verdade é que neste momento não me preocupa o nome do candidato, em primeiro lugar há que ter uma base, a qual passa por ter um projecto bem delineado e sem demagogias, o que face à situação de falência do município não é tarefa fácil; em segundo lugar, há que construir uma equipa competente em diversas áreas, altamente motivada, unida e solidária; em terceiro lugar, sim, em função do projecto e da equipa, escolher o candidato.

Acrescento, para terminar, que tanto o projecto como a constituição da equipa estão numa fase adiantada, diria mesmo de conclusão, e que muito brevemente começarão a ser noticiados. Logo de seguida, com a maior serenidade e clarividência, trataremos da escolha do candidato.

É assim que entendo que se deve agir.

In: Diário de Odivelas - Pode Haver Luz

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