2.4.13

PELA MANUTENÇÃO DO INSTITUTO DE ODIVELAS


UMA REFERÊNCIA NACIONAL NO ENSINO PÚBLICO

PAULO AIDO, VEREADOR NA CÂMARA DE ODIVELAS, FOI DOS PRIMEIROS AUTARCAS A CHAMAR À ATENÇÃO PARA A INICIATIVA DO MINISTRO AGUIAR-BRANCO EM ENCERRAR DEFINITIVAMENTE O INSTITUTO DE ODIVELAS. HOJE EMITIU UMA NOTA AOS ÓRGÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL SOBRE O TEMA QUE PASSO A DESCREVER:
«Num momento de enormes dificuldades para as instituições de todos os sectores da vida social, económica e cultural do País, qualquer êxito de maior dimensão que aconteça é motivo de regozijo e deve encher-nos de orgulho e, dentro das limitações, abrir uma janela de esperança no futuro.
Mas nem sempre é assim: Afinal, aos olhos do Ministro da Defesa, vale pouco o Instituto de Odivelas ser um bom exemplo entre os estabelecimentos de ensino do País.
Faz quinze dias que Odivelas foi falada nos Órgãos de Comunicação Social pelos melhores e piores motivos:
I. Se por um lado, o Instituto de Odivelas Infante D. Afonso reúne centenas de cidadãos e um consenso, quase universal, sobre a sua importância no contexto do ensino em Portugal e no que significa para a vida cultural, social e económica do concelho e, em particular, da cidade de Odivelas;
II. Por outro, deixa a comunidade perplexa com a decisão do Ministro da Defesa Nacional de encerrar a instituição definitivamente, no final do ano lectivo de 2014/2015.
Acontece assim mais um corte cego deste governo que é um duro golpe na história de Odivelas. Também para o centro histórico da cidade e para o património de todos nós que, a fazer fé nas notícias, ainda não tem destino.
O Instituto de Odivelas encontra-se, há muito, aberto à comunidade civil e também aos descendentes dos militares da GNR e dos agentes da PSP de todas as patentes que pagam uma propina de acordo com o seu rendimento mensal, porque optaram claramente pelo modelo de ensino diferenciado.
Lamenta-se a forma como o processo foi conduzido. Os encarregados de educação, os verdadeiros clientes daquela escola, foram desconsiderados, não foram ouvidos apesar das propostas que realizaram e que são conhecidas do Gabinete do Sr. Ministro.
O Ministério da Defesa ainda não mostrou nenhum relatório com os fundamentos da decisão, nomeadamente:
I. Quais são objectivos deste encerramento?
II. Quanto vai custar ao erário público esta mudança, na adaptação e aumento das instalações do Colégio Militar a ensino misto, incluindo internato para as alunas do IO, a partir do 8º ano?
III. Que destino vão dar ao Mosteiro e quanto custará a sua manutenção e quem será encarregue de a fazer?
IV. Quanto vai o Estado poupar e em quanto tempo?
V. Por comparação, quanto custa cada aluno no ensino privado subsidiado?
Vale a pena salientar que o Prof. Marçal Grilo - que apesar de ser autor do um dos estudos que suporta a decisão do ministro da Defesa - alertou para o facto do seu estudo se tratar de um trabalho preliminar e insuficiente para suportar uma resolução destas.
O Prof. Marçal Grilo salientou, também, que qualquer mudança deveria ser posta em prática com cuidado, para que não se desvirtuem valores fundamentais e que, a serem implementadas, essas mudanças deviam ser negociadas e aplicadas com cautela.
Então, que outros estudos existem, para suportar a decisão agora anunciada?
Importa, portanto, incentivar e acarinhar a escola que tem como designação o Instituto de Odivelas e ponderar novas iniciativas para demonstrar ao Sr. Ministro da Defesa e ao País o erro crasso que este Governo está a cometer.
O Instituto de Odivelas é escola há 112 anos e só a Odivelas pertence!
Foi fundado precisamente em 1900 pelo Infante D. Afonso de Bragança e é preciso que não acabe que se contrarie a sua degradação para que possa futuramente servir outros horizontes mais alargados no âmbito do estudo e da cultura nacionais, porque tem espaço e capacidade para que isso aconteça.»

O Instituto de Odivelas encontra-se no mosteiro de S. Bernardo e S. Dinis


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