26.11.12

Adiada apresentação do livro «Faca & Garfo»

A apresentação do livro «Faca & Garfo» foi adiada: A procura do livro acima da expectativa impôs a necessidade de se imprimirem mais exemplares.
O facto obriga a que esta apresentação apenas se possa fazer em meados do mês de Dezembro.
A autora Rita Lungu e o editor Paulo Aido lamentam o sucedido. 

António Sala apresenta «Faca & Garfo»

Novo livro de Rita Lungu editado por Paulo Aido apresentado em Odivelas, no Espaço Cultural Arnaldo Dias, às 18 horas da próxima quarta-feira


António Sala apresenta o novo livro de Rita Lungu, «Faca & Garfo», editado por Paulo Aido. O evento terá lugar em Odivelas, no Espaço Cultural Arnaldo Dias, na Ribeirada, na próxima quarta-feira.
«Faca & Garfo» é um livro de receitas e dicas de culinária, mas diferente do habitual: Rita Lungu propõe 200 refeições para a marmita, todas elas não excedem os dois euros. Trata-se de combater o desperdício na cozinha
O livro, editado pelo conhecido autor e jornalista Paulo Aido, sugere comida saudável com o máximo de aproveitamento. Aliás, a matéria-prima de algumas receitas são sobras limpas de outras refeições.
Rita Lungu transporta para esta publicação a sua experiência de dona de casa e mãe que, desde sempre, procurou fazer da poupança a regra da economia de casa. A autora tornou-se conhecida por reciclar tudo e construir as roupas e os brinquedos das filhas.
«Faca & Garfo» - que se releva ainda pelo formato e design gráfico - será apresentado por um dos melhores comunicadores de sempre, António Sala. A apresentação está marcada para as 18 horas, da próxima quarta-feira, dia 28, no Espaço Cultural Arnaldo Dias, nas instalações da Colorize, no número 17 – A da avenida Amália Rodrigues, na Ribeirada, em Odivelas

Saiba quantas pessoas trabalham na sua autarquia

Nas autarquias portuguesas trabalhavam, em 2008, uma média de 18,5 funcionários por cada mil habitantes. No final de 2011, o número cresceu para 19,6 trabalhadores por habitante.
No link em baixo pode ver a infografia publicada no jornal de Negócios online e fique a saber quantas pessoas nas autarquias do País.




25.11.12

"É oficial: António José Seguro é a Dori portuguesa."


 

 
 
 
 


25/11/1975 - Acabou-se o PREC, conquistou-se a Liberdade.

Jaime Neves ao centro, o homem que comandou o 25 de Novembro.

A música deste fim de semana:


23.11.12

Há políticos que perdem a memória em 8 meses

No passado dia 20 do corrente mês esclarecemos, aqui, que as avenças na Câmara de Odivelas já não têm de ser aprovadas em reunião do Executivo. Isso mesmo foi decidido em 18 de Janeiro último, no decurso da primeira reunião extraordinária do Executivo camarário. Então, foi aprovado um ‘parecer prévio genérico global e favorável à celebração e renovação de todos os contratos de prestação de serviços nas modalidades de tarefa, de avença e de prestação de serviços de consultadoria técnica'.
De qualquer modo, o diferendo que o vereador Carlos Bodião gerou ao fazer afirmações, afinal incorrectas, sobre a carreira do independente Paulo Aido e a suposta avença que também tinha no seu gabinete, não só se revelou injusta, como agora se pode ter a certeza que, nos gabinetes dos dois vereadores independentes, de Hernâni Carvalho e Paulo Aido, existem três funcionários, todos sob o Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas, sendo que José Maria Pignatelli se encontra nesse regime por Cedência de Interesse Público, cuja prorrogação foi aprovada na quinta reunião da Câmara que se realizou no passado dia 7 de Março deste ano. Mas o mais curioso é que a mesma foi aprovada por unanimidade dos presentes, entre eles o próprio vereador Carlos Bodião. 
Volta a impor-se um recado para determinados comentadores: quando não se tem a certeza, o melhor é ficar em silêncio ou, antes, ter a humildade suficiente de perguntar a quem saiba. A determinados políticos pede-se cautela e exercícios de memória.


22.11.12

A hipocrisia não tem limites?


Sei que ao Expresso, tal como à SIC, como à TVI, como a todos os que estão na área da comunicação, como também é o meu caso, a ideia de concessionar a RTP a privados, continuado essa empresa a beneficiar de um apoio estatal significativo é algo verdadeiramente absurdo e provavelmente a gota de água que poderá levar ao fim de várias empresas deste sector.
Percebo por isso que toda esta gente queira o fim deste governo, mas custa-me a entender que não o assuma de forma frontal, mas não posso aceitar a hipocrisia levada ao limite, como é o caso deste texto de opinião de Nicolau Santo, um funcionário do Dr. Balsemão.
 
Será que ao escrever "O menino que o Gaspar não conhece", não estando em causa a hipotética situação que relata e a dificuldade da senhora em questão, embora eu também não exclua a hipótese de ser uma ficção do autor, este “cavalheiro” não se lembrou de dizer que a dita estava a fazer compras num dos mais caros supermercados de Lisboa, quando a cerca de 500 mt. tem um outro com preços muito mais baixos?
É que eu moro mesmo ao lado e por ser tão caro raramente faço compras na referida superfície.

Sinceramente a hipocrisia tem limites e não há "saque" para aturar esta gente a tentar fazer opinião de forma tão baixa.

Paulo Aido deu entrevista às rádios SIM e Renascença


A jornalista Elisabete Costa

O autor e jornalista Paulo Aido disse que era impossível dissociar a Irmã Lúcia de Fátima

O novo livro "O Segredo da Irmã Lúcia" foi o tema

Grande entrevista de Paulo Aido a Elisabete Costa, para as rádios SIM e Renascença, a propósito do seu novo livro «O Segredo da Irmã Lúcia».
Apaixonado pelo tema, Paulo Aido falou da última vidente de Fátima e descreveu-a como “uma mulher humilde, divertida, serena, que passou toda a sua vida a cumprir a missão que escutou do Céu, em Fátima, ainda criança”.
Paulo Aido precisou: “Uma missão que cumpriu até ao último dia, até ao último suspiro da sua vida. Esse foi, aliás, o grande segredo da Irmã Lúcia: a fidelidade extrema a Nossa Senhora de Fátima”.
Com este livro - acrescentou o autor - todos nós podemos tornar-nos mais adultos na nossa fé. Se isso acontecer, se as pessoas passarem a rezar mais, se passarem a olhar para Fátima com uma fé mais profunda, mais verdadeira, então este livro valeu a pena".

Uma entrevista a escutar amanhã, entre as 23 horas, em 102.2, Rádio Sim. Depois, será a vez da Rádio Renascença.

21.11.12

Saudade.

Há locais que não esquecemos, sobretudo gosto de relembrar aqueles onde passei bons momentos e este é um deles. Foram muitas e boas as horas que aqui passei, mais concretamente debaixo daquela baliza, que saudade!

20.11.12

2 posts do arquivo,

25/3/2010 - O Canil;
7/9/2010 - Banquetes há muitos!

Odivelas: Avenças já não precisam de ir a reunião da Câmara

É interessante seguir debates em canais de comunicação social sem que alguns dos seus intervenientes não tenha feito o ‘trabalho de casa’.
Afirmar a ‘pés juntos’ que todas as avenças relativas a recrutamento de recursos humanos são deliberadas em reuniões do Executivo da Câmara Municipal de Odivelas, é desconhecer a realidade. No dia 18 de Janeiro deste ano, no decurso da primeira reunião extraordinária do Executivo camarário, foi aprovada um ‘parecer prévio genérico global e favorável à celebração e renovação de todos os contratos de prestação de serviços nas modalidades de tarefa, de avença e de prestação de serviços de consultadoria técnica'. Também ficou decidido o compromisso de todos os contratos celebrados ao abrigo desta disposição serem comunicados ao Executivo em reuniões ordinárias. Mas a questão é saber se os seus valores serão ou não comunicados.
Resumindo: a Câmara ao tomar esta decisão autoinibiu-se de tomar decisões caso-a-caso, porque passou um cheque em branco à Presidente da Câmara.
Assim, facilmente se percebe que as avenças e outros contratos de recrutamento de recursos humanos renovados no decurso deste ano, já não carecem de aprovação em reunião da Câmara.
Portanto, convém entender que, agora, se tem de perguntar ao Executivo da Câmara pelos montantes dos contratos de avenças e de consultoria técnica renovados.
E aqui fica o recado a alguns comentadores: quando não se tem a certeza, o melhor é ficar em silêncio ou, antes, ter a humildade suficiente de perguntar a quem saiba.
Menos brilhante é criticar quem não se pode defender e tão pouco quem não se consegue representar em determinados debates. O mais engraçado é que estas precisões acontecem ‘pela mão’ de quem passa muito tempo a apelar à participação cívica, de cidadãos que não tenham filiação partidária: dá vontade de perguntar a certos militantes da da denominada esquerda, como definem democracia e onde tiveram lições sobre ela.

19.11.12

Vizinho sempre presente!

É verdade, a vida também é feita de boa vizinhança, como é o caso do Tu-Barão. Há anos, como a imagem documenta, que nos visitamos mutuamente e pese o facto de por vezes trocarmos uns pequenos galhardetes, também não é menos verdade que na maior parte das vezes estamos em sintonia.  Mais uma vez lembrou-se de nós e não deixou, de no seu oceano, mencionar um marco importante da nossa existência.
Aqui fica o meu abraço.

Surreal: Quem recebe rendimento social de inserção não pode ser voluntário em instituições públicas

Cursos de informática com o velho office 2003 ministrados a especialistas
Vivemos num estágio de miséria, na indiferença de regras que não se conhecem, desajustadas da realidade e ainda assim, quando se faz luz de algo que poderá ser importante, temos de pedir licença a quem manda na união europeia. Temos de vergar e de pedir por favor, preferencialmente de joelhos.
Mas cá dentro há leituras e legislação surreal: Fica de fora do entendimento de todos determinadas regras para quem se encontra a receber RSI, rendimento social de inserção. Ora, como é possível que uma jovem que recebe pouco mais de 130 euros mensais não possa fazer trabalho voluntário em nenhuma instituição pública?
Isto mesmo foi o que afirmou uma técnica da Santa Casa da Misericórdia quando confrontada com o desejo da jovem em participar num qualquer projecto de trabalho voluntário, num estabelecimento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. A técnica respondeu: «Não pode porque recebe RSI e encontra-se integrada no programa de inserção cujas entidades promotoras são o IEFP, Instituto de Emprego e Formação Profissional, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a ARS, Administração Regional de Saúde».
Não menos extraordinário é submeter jovens desempregados a planos de formação que incluem cursos de informática, na óptica do utilizador, que são realizados utilizando o velho ‘office 2003’. Mais: obrigam-se a ser submetidos a esta formação precisamente jovens formadores de informática, alguns até já licenciados e que se encontram na situação de desempregados.
Antes de reinventar as funções sociais do Estado, devíamos exigir que o poder político descesse à rua, ao quotidiano dos portugueses, vivesse as instituições por dentro, para perceber a quantidade de asneiras que se fazem, o desperdício de vontades em trabalhar ou simplesmente de pessoas dispostas a ajudar o País, muitas vezes troco de nada ou muito pouco.
A isto, sim, chama-se viver num estágio de miséria, num País que não reconhece as capacidades de cada um dos seus. É seguramente mais fácil cobrar impostos.

Protesto dos restaurantes

Este é um protesto diferente num sector que conheço bem, o qual atravessa, à semelhança de outros sectores, uma quantidade enorme de dificuldades e que são de difícil resolução. José Pereira que está à frente deste movimento, embora tente culpabilizar de certa forma este governo, reconhece que a crise não é de agora. Diz e eu concordo que "este sector tem estado, sobretudo desde de 2008, muito por culpa própria, em regime de morte lenta e que agora entrou em cuidados paliativos".

Embora eu entenda que há muitos situações relacionadas com o IVA,  tais como as relacionadas com bens de primeira necessidade, que deveriam ser prioritárias, questiono se a redução do IVA resolveria os problemas do sector e quantos serão os estabelecimentos que não fechariam as portas devido a essa medida?

O problema é muito mais complexo, pode passar pelo IVA, mas passa sobretudo pelo número de estabelecimentos existentes, pela quantidade de regras que foram impostas nos últimos 10 anos (as quais uns cumprem e outros não - gera assimetrias), situações relacionadas com os valores das rendas e/ou dos imoveis, pela evolução do mercado (questão do tabaco e da nova oferta de café doméstico) e evidentemente, pela enorme quebra no consumo.






Algarve: A grande lição.

Depois do infortúnio que se abateu sobre o Algarve, provocado por um fenómeno pouco habitual entre nós, a sociedade civil deu-nos um extraordinário exemplo de civismo e de solidariedade. Algo que merece uma refllexão.

18.11.12

Números dos grevistas.

Há meia dúzia de profissões, nomeadamente as que estão ligadas às comunicações e transportes, cujo as greves fazem algum efeito e fazem esse efeito porque com isso prejudicam , não as empresas a que estão afectos, mas aqueles que nada têm com isso. E foi por essa razão, acumulada à falta de coragem de muitos governos, que algumas classes profissionais conseguiram ao longo de vários anos obter benefícios muito acima da média.

A prova está nestes números, os quais dizem que apenas 9%  dos indivíduos da população activa aderiu a alguma greve nos últimos 5 anos.

Por outro lada podemos também concluir que há uma maioria silenciosa.

"Justiçando"

Henrique Monteiro no Expresso chama, bem na minha opinião, a atenção para o seguinte:
 
 
 


16.11.12

Pode Haver Luz (24) - Em Merkel uma luz?

Coloco aqui o texto que foi publicado hoje no Nova Odivelas, na coluna "Pode Haver Luz"


Em Merkel uma luz?
Ao longo dos 24 textos que já escrevi para esta coluna tenho tentado dar sinais positivos e de esperança, o que no ambiente em que estamos inseridos e no meio das dificuldades com que todos nos deparamos, por vez não é fácil.

Faço-o, porque efetivamente ao contrário de que às vezes nos querem fazer ver, nem tudo é mau, nem tão pouco tudo está perdido. Acredito seriamente que neste mundo, para além de haver muitas coisas boas, há muitas oportunidades e que depende cada um de nós a construção de um mundo melhor.

É nesse sentido, mesmo em condições adversas, que tento, com a serenidade possível, encontrar sinais que se possam tornar numa oportunidade e foi com esse espírito que acompanhei com alguma atenção a visita de Merkel a Portugal.

Como todos temos conhecimento, podendo esse facto ser do nosso agrado ou desagrado, a Alemanha é hoje o País mais poderoso da Europa, é quem domina a economia europeia e por isso mesmo é quem no nosso continente mais pode influenciar Portugal e a nossa qualidade de vida. Acresce a este facto a questão da situação financeira, económica e social em que nos encontramos.

Nestas circunstâncias, a visita da Chefe de Estado da Alemanha revestia-se de uma importância suplementar.

Acresce, o facto de a Alemanha ter uma enorme influencia e responsabilidade no tão falado Memorando e com isso ter que vir também a assumir responsabilidades no seu sucesso ou insucesso. E sabendo nós que o caso da Grécia está a correr mal, o que para Merkel e para a Alemanha é grave e muito negativo, e que o caso de Portugal, aos olhos europeus, está a correr relativamente bem, era importante ver que sinais sairiam desta visita.

Foi nesta perspectiva que olhei para esta visita e retive, evidentemente sabendo que nem tudo depende de nós e da Alemanha, como são por exemplo as questões relacionadas com Espanha, Itália e França, que ficou claro que temos aberta uma janela de oportunidade e que essa janela passa precisamente pela necessidade da Alemanha ter em Portugal um caso de sucesso. Essa questão poderá ser por ventura quase tão importante para eles, como para nós.

Agora temos que ser pragmáticos e continuar a fazer o nosso trabalho, o qual, para além de tudo, passa por saber aproveitar com inteligência este ponto.

Será que vi mal?

15.11.12

Odivelas: Uma questão.

Foi dito na última Assembleia Municipal, pelo Sr. Vice-Presidente da C.M.O, a propósito da denúncia de corrupção, que para além dos procedimentos judiciais, iria ser aberto um inquérito interno, o que aliás se impõe e que tem o meu aplauso, mas ficou por saber que é que iria dirigir esse processo.

Greve Geral - Afinal eram ordeiros.

Confesso que fiquei um pouco baralhado. Ao saber das notícias dos incidentes de ontem, fiquei com a ideia que eram desordeiros, mas depois de ouvir uma série de comentários, incluindo o do Ministro Miguel Macedo, fiquei com a ideia que afinal aram ordeiros. É que, segundo consta, só atacaram depois dos dirigentes da CGTP sairem do local.


Uma imagem!

Viva a estiva!!!

Economia recuou 3,4% no terceiro trimestre, em termos homólogos.



"Fazemos greve para combater o desemprego", disse há dois dias Arménio Carlos. Dido eu: Gostava de perceber o raciocínio. 

Na Ramada em Odivelas: Padre Arsénio apresenta livro de Paulo Aido

Próximo Domingo, na Paróquia da Ramada, às 17 horas e 30 minutos
O Padre Arsénio Isidoro apresentará “O Segredo da Irmã Lúcia” o novo livro de Paulo Aido. O acontecimento terá lugar no próximo Domingo, na Paróquia da Ramada, a partir das 17
horas e 30 minutos.
Paulo Aido regressa aos livros de temática religiosa e novamente volta a oferecer-nos um trabalho sobre a última vidente de Fátima.
Em “O Segredo da Irmã Lúcia”, obra que o Cardeal Saraiva Martins considera como “imprescindível livro de cabeceira”, o leitor tem a síntese dos mistérios de Fátima, a histórias das Aparições, as orações do Anjo e de Nossa Senhora, o Terceiro Segredo e a sua interpretação, e, acima de tudo, os pensamentos da vidente e quase uma centena de fotografias – algumas mesmo inéditas – que nos permitem recordar a vida desta mulher única, que se manteve fiel até ao último dia da sua vida ao compromisso assumido com a Virgem Maria quando era apenas uma simples criança.
Este livro inclui ainda dois textos preciosos: um retrato da última vidente, escrito pela Irmã Ana Sofia, sua companheira de clausura e que nos dá um olhar único, porque próximo, de como era o dia-a-dia da Irmã Lúcia, o seu sentido de humor, os trabalhos a que se dedicava, a atenção que tinha para com todos os que a contactavam – e eram tantos… Além deste retrato, há um outro texto, escrito propositadamente pela Postulação de Francisco e Jacinta Marto, que nos oferece uma perspectiva da fé e da religiosidade de Lúcia, sendo um extraordinário auxiliar para uma melhor compreensão dos pensamentos e da própria vida da Vidente de Fátima.
Como sublinha o Cardeal José Saraiva Martins no Prefácio, “está de parabéns, uma vez mais, o autor, Paulo Aido. Que melhor homenagem poderíamos dar à Irmã Lúcia do que conhecer de verdade os seus pensamentos, acompanharmos as suas reflexões, aprendermos a rezar com ela? E tudo isso nos é oferecido neste trabalho.”

14.11.12

Pensamento do Dia.

Enquanto uns promovem greves e tentam com isso que o País pare, colocando mais dificuldades para que as empresas trabalhem dentro da normalidade, outros, como é o meu caso, estão a trabalhar com o intuito de colocarem as empresas a produzir, pois só assim será possível manter os postos de trabalho e tentar encontrar forma de criar mais alguns.

Ao final de mais de 12h. de trabalho, nas quais só tive tempo para comer uma sandes, vou agora sair e ainda levo trabalho para casa.

De facto, não conheço outra forma de conseguir cumprir com as minhas obrigações.

13.11.12

De Schroeder a Merkel

Pedro Santana Lopes ex-primeiro ministro recorda Outubro de 2004, altura em que recebeu a visita do chanceler Schroeder e compara o mediatismo entre essa visita e a de Angela Merkel. Observa como é possível passar do 8 para 80. E em boa verdade aconteceu a todos os níveis, mesmo com o extremo de se fechar o espaço aéreo.
Naturalmente, que esta diferença se fica a dever à conjuntura socioeconómica e ao facto de, agora, estarmos de ‘mão estendida’ que nem pobres despojados de quase tudo, menos do Sol que ainda hoje brilha intensamente.
Santana Lopes tem razão. Mas não percebeu que ainda somos muito “assaloiados” nestas andanças. Obviamente que, para Pedro Passos Coelho, Angela Merkel é mais importante que o Papa, nesta particular momento. De momento, o dinheiro é mais importante que as questões espirituais...
Se colocarmos a mãozinha nas nossas consciências que resposta daremos à pergunta: Afinal, o que veio cá fazer a Sra. Merkel?

O que Pedro Santana Lopes escreveu:
«Há oito anos, recebi, em visita oficial, o Chanceler Alemão, Gerard Schroeder. Em Outubro de 2004. O almoço não foi em Oeiras, foi no Palácio Nacional de Sintra. Também fomos a um encontro de empresários, na altura, na Câmara de Comércio Luso - Alemã. E recordo - me de ter estranhado o fato de a visita ter tido muito pouca cobertura da Comunicação Social.
Desta vez, foi o contrário. Obviamente, as circunstâncias são muito diferentes. Mas, se naquela altura parecia que tinha vindo a Portugal um Subsecretário de Estado, agora foi o contrário: com a devida vénia, parecia a visita do Papa.
Em Portugal, nestas matérias, não há mesmo meio-termo. Já sei que vão dizer que são ciúmes... Digam, que acho graça. Tenho pena de que não sejamos capazes de dar a devida medida a cada acontecimento. Principalmente, quando está envolvida a componente externa.»



"O tio Arménio e as greves gerais."

Aqui fica o link para o texto de Domingos Amaral, o qual toca e bem com o dedo na ferida ao comparar os efeitos da greve geral, os quais prejudicam a vários níveis a população e o País, e não levam a lado algum, com a manifestação convocada pela sociedade cívil nas redes sociais, a qual conseguiu evitar as mexidas naTSU.


12.11.12

Humor português no seu melhor!


Vem aí a senhoria (Angela Merkel em Lisboa) - Mixórdia de Temáticas


AutoEuropa pára e 'abana' fornecedores em Palmela

Visita à fábrica da Volkswagen saiu da agenda de Merkel
Redução do horário fez cair exportações em Setembro

 A AutoEuropa encerra temporariamente a produção, depois de dois meses em que já não laborava à sexta-feira. A decisão prende-se com as quebras de vendas dos modelos Sharon, EOS e Sirocco da Volkswagen, e Alhambra da Seat. Aliás, este facto é directamente responsável pela maior parte da quebra das exportações em Setembro, na ordem dos 6,5%. O anúncio deste acontecimento estará na base da alteração da agenda da chanceler Angela Merkel que já não visitará a fábrica alemã, nesta deslocação a Portugal.
Um exemplar do modelo Sirocco na linha de montagem da AutoEuropa
Esta quebra da produção de automóveis afecta também directamente a Faurecia, um dos maiores fornecedores da AutoEuropa e que se encontra instalado no parque de Palmela.  Há precisamente um mês noticiei o encerramento da sua linha de pintura e o despedimento de, pelo menos, um terço dos seus trabalhadores. Isto sucedia por um lado, pela baixa de produção dos modelos montados na AutoEuropa, por outro lado pelo final do modelo Peugeot 207 e, ainda, pela deslocalização de parte desta fábrica, eventualmente para a Rússia, mercado muito mais apetecível do ponto de vista dos custos operacionais.  A decisão, comunicada aos trabalhadores, prende-se com o facto de a Faurecia não pretender actualizar esta linha de pintura em Portugal
A Faurecia produz vários componentes para o modelo EOS e os monovolumes VW Sharon e Seat Alhambra, principalmente os PVC injectados para tablier e forras das portas e faz os seus acabamentos.
Persiste, portanto, a certeza que a maior percentagem das exportações portuguesas se fazem numa única só unidade industrial o que - convenhamos – é preocupante. Impõe-se, assim, que o governo conheça a realidade do sector industrial exportador para que possa encontrar um quadro de incentivos mais cirúrgicos para cada ramo, ao invés de generalizar as linhas orientadoras que podem não se traduzir em quaisquer resultados práticos - exemplo do trabalho suplementar de meia hora diária sem se saber se a procura aumenta relativamente à produção que se espera crescer. É fundamental vender melhor que se faz, desde os produtos agrícolas aos mais tecnológicos, tanto mais que somos muito vocacionados para ‘nichos de mercado’ dos mais marcantes.

Incentivo à exigência de factura


Faltam ainda medidas de controlo da distribuição de produtos comunitários e às cobranças de honorários de advogados, médicos e outros profissionais liberais...
«Incentivo à exigência de factura» é o título de uma mensagem de correio electrónico da Autoridade Tributária que os contribuintes portugueses recebem hoje.
A mensagem recorda que a partir do primeiro dia do próximo ano, será obrigatória a emissão de factura para todas as vendas de bens e serviços e recomenda que todos os portugueses o exijam a bem da economia nacional.
Ora muito bem: Já não era sem tempo tomar esta medida, sobretudo para evitar a economia paralela e consequentemente termos agentes económicos mais favorecidos que outros.
De qualquer modo, importaria que a Autoridade Tributária aproveitasse alguns desempregados para lhes dar competências para que pudessem colaborar com as Brigadas Fiscais da GNR, junto da fronteira com Espanha para que se pudesse controlar as mercadorias que entram em território nacional. Parece que nos esquecemos que integramos um mercado único no continente europeu. Isso permite comprar “porta-a-porta” dentro dos países membros da comunidade, o que significa que depois de transacionadas as mercadorias se podem rasgar papéis em ambos os lados e introduzir os produtos nas empresas de distribuição do País. Acontece frequentemente, particularmente com os refrigerantes de marcas multinacionais.
Mas a fuga aos impostos não se fica apenas nos sectores do grande consumo: advogados que cobram mais de 5 mil euros de adiantamento de honorários e nem sequer se dignam a emitir recibo. Conheço, pelo menos uma jurista que o pratica, sobretudo a troco de hipotéticas amizades. Mais: pede o dinheiro quase sempre em numerário e ainda tem a distinta lata de utilizar a figura da injunção, para reclamar honorários que, em parte já foram recebidos.
A missiva da Autoridade Tributária, assinada pelo director-geral José António de Azevedo Pereira é meritória, mas peca por lacunas sobre alguns procedimentos, bem como explicar a regra das facturas como, por exemplo, a restauração só é obrigada a fazê-lo a partir dos 10 euros e que, até este montante, os chamados talões de caixa justificam as despesas.

Passo a transcrever o texto da mensagem da Autoridade Tributária:
«A partir de 1 de janeiro de 2013 será obrigatória a emissão de fatura por todas as vendas de bens e serviços mesmo quando os particulares não a exijam.
Quando é emitida fatura, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) garante o controlo e a cobrança do IVA correspondente. Se a fatura não for emitida esse controlo é impossível.
Se todos exigirmos fatura em todas as aquisições que efetuamos conseguiremos:
• Aumentar a riqueza conhecida que Portugal produz (PIB);
• Aumentar as receitas fiscais, sem pagarmos mais impostos;
• Aumentar a equidade e justiça entre todos os contribuintes portugueses;
• Diminuir o défice orçamental e criar condições para uma redução futura da carga fiscal;
• Criar melhores condições para que o nosso país possa ultrapassar com rapidez a fase difícil em que se encontra.
Quando não exigimos fatura contribuímos para:
• Aumentar a evasão fiscal e enriquecer ilicitamente aqueles que não pagam impostos;
• Diminuir a receita fiscal, que é uma riqueza de todos os portugueses;
• Prejudicar com mais impostos os contribuintes cumpridores.
O seu papel é decisivo. Exigir fatura não tem custos. É um direito e um dever de todos. E todos ganhamos. Portugal e cada um de nós.
Em breve receberá mais informação acerca dos benefícios fiscais (até 250 euros) que serão proporcionados a quem exige fatura
Com os melhores cumprimentos.
O Diretor-Geral,
José António de Azevedo Pereira



Recordar o alemão Brecht

"Para quem tem uma boa posição social, falar de comida é coisa baixa. É compreensível: eles já comeram."
Esta é uma célebre frase de Bertolt Brecht, um dos melhores dramaturgos alemães do seculo XX. Brecht, que nasceu a 10 de Fevereiro de 1898 em Augsburg, junto a Berlim, e faleceu no Verão de 1956, foi um dos inspiradores da actual chanceler Angela Merkel.

11.11.12

A esquerda e as questões sociais.


Pese o facto de eu não saber em que parte do mundo tiveram sucesso, a verdade é que a esquerda convenceu-se há muito que tem o monopólio de tudo o que envolve questões sociais. Aliás, esse seu convencimento faz com que utilizem permanentemente, como todos nós sabemos, a tipologia de discurso que tem. Chego mesmo a pensar que promovem a miséria e a pobreza para que o seu discurso tenha eco.

Posto isto, percebo o incómodo que certas instituições, sobretudo aquelas que não conseguem controlar, como porexemplo o Banco Alimentar, lhes causa.

 

10.11.12

Liberdade de expressão.


 
Hoje, depois do que tenho ouvido, melhor dizendo lido, de muitos, sobretudo daquele que relembram com regularidade essa tão falada conquista de Abril, começo a questionar-me, sobre qual a noção que têm de liberdade de expressão.
 
Isto já para não falar de uma outra máxima – censura nunca mais!

9.11.12

Uma questão de atitude.



Uma  Questão de Atitude
.
É comum ouvir dizer, por ventura com alguma razão, que os políticos quando estão na oposição a única coisa que fazem é criticar e tentar denegrir o trabalho dos que estão no poder, atitude que para mim é difícil de aceitar, pois entendo que acima de interesses pessoais, partidários ou políticos deve estar sempre o bem da comunidade.

Tendo a consciência e sabendo que um dos deveres, talvez o primeiro, de quem está na oposição é fiscalizar, a verdade, é que sempre entendi que quem está na oposição deve ter também a capacidade de apresentar propostas exequíveis e colaborar activamente na procura do bem comum.

Foi com este espírito, o qual por ventura não foi bem recebido, compreendido e/ou aceite, que entrei na vida política. Quero com isto dizer que não tendo abdicado de fiscalizar e de criticar tudo aquilo com que não concordo, também não abdiquei, não abdico e não abdicarei, embora muitas vezes me digam que sou parvo por dar ideias que os outros depois tentam aproveitar, de apresentar mais propostas e novos projectos. Posso mesmo acrescentar, que embora sabendo (fui aprendendo alguma coisa) que as propostas por mim apresentadas não serão aceites ou aprovadas pelos órgãos autárquicos, o que não quer dizer que não gostem e que posteriormente não as tentem implementar, não vou deixar de as apresentar e muitas vezes de tentar concretizá-las.

Vem isto a propósito de vários acontecimentos que, com particular incidência no passado mês de Outubro, vieram confirmar que para o bem comunitário, é bom que assim seja. Vejamos:

Quem se lembra de ver tantas pessoas a fazer a Marmelada de Odivelas, como aliás no último texto referi? Quem se lembra de ver Odivelas identificada como Terra de D. Dinis? Quem se lembra de ver tantas actividades no Mosteiro de Odivelas?

A Marmelada de Odivelas, um produto que estava praticamente abandonado, é agora confeccionada por vários comerciantes e famílias; D. Dinis, uma vez que a 9 de Outubro se assinala a data do seu nascimento, foi mais uma vez relembrado, sendo que cada vez mais a ligação do seu reinado a Odivelas é conhecida, assim como também é do conhecimento de um cada vez maior número de pessoas; o Mosteiro de Odivelas que estava fechado e vedado à população, é hoje um local cada vez mais aberto ao Concelho e ao povo, no qual se realiza uma série de iniciativas relevantes e algumas visitas turísticas.

Porque estive envolvido, como certamente têm conhecimento, nestes três temas, aos quais no início ninguém, ou muito poucos deram relevância, e ao observar os resultados que já foram atingidos, os quais sem qualquer dúvida valorizaram a nossa Terra, reforcei a convicção de que devo manter inalterada a minha atitude e forma de estar na política, como inabalável a minha convicção de que Pode Haver Luz.

Assim sendo, continuarei a elaborar propostas, a apresentar novos projectos e também a colaborar na concretização das mesmas.

  Nota: 23º texto públicado na coluna Pode Haver Luz no Nova Odivelas.



Uma crónica de António Lobo Antunes que dedico a Isabel Jonet

Sérgio Lavos recorda António Lobo Antunes para responder a Isabel Jonet, num trecho do Livro de Crónicas escrito há mais de 20 anos. Claro está que qualquer semelhança com a realidade é uma coincidência mas ajusta-se perfeitamente. Nem tão pouco se relaciona com o bom ou mau trabalho prestado por Jonet, antes e só pela forma como das suas declarações que incomodaram muitos, incluindo a própria Manuela Ferreira Leite, uma reconhecida conservadora, que fazia parte do painel do mesmo programa da SIC Notícias. É claro que quando gostamos de uma pessoa, temos uma tendência para branquear os disparates que se dizem.

De Lobo Antunes
«Os pobrezinhos»

Na minha família os animais domésticos não eram cães nem gatos nem pássaros; na minha família os animais domésticos eram pobres. Cada uma das minhas tias tinha o seu pobre, pessoal e intransmissível, que vinha a casa dos meus avós uma vez por semana buscar, com um sorriso agradecido, a ração de roupa e comida.
Os pobres, para além de serem obviamente pobres (de preferência descalços, para poderem ser calçados pelos donos; de preferência rotos, para poderem vestir camisas velhas que se salvavam, desse modo, de um destino natural de esfregões; de preferência doentes a fim de receberem uma embalagem de aspirina), deviam possuir outras características imprescindíveis: irem à missa, baptizarem os filhos, não andarem bêbedos, e sobretudo, manterem-se orgulhosamente fiéis a quem pertenciam. Parece que ainda estou a ver um homem de sumptuosos farrapos, parecido com o Tolstoi até na barba, responder, ofendido e soberbo, a uma prima distraída que insistia em oferecer-lhe uma camisola que nenhum de nós queria:
- Eu não sou o seu pobre; eu sou o pobre da minha Teresinha.

O plural de pobre não era «pobres». O plural de pobre era «esta gente». No Natal e na Páscoa as tias reuniam-se em bando, armadas de fatias de bolo-rei, saquinhos de amêndoas e outras delícias equivalentes, e deslocavam-se piedosamente ao sítio onde os seus animais domésticos habitavam, isto é, uma bairro de casas de madeira da periferia de Benfica, nas Pedralvas e junto à Estrada Militar, a fim de distribuírem, numa pompa de reis magos, peúgas de lã, cuecas, sandálias que não serviam a ninguém, pagelas de Nossa Senhora de Fátima e outras maravilhas de igual calibre. Os pobres surgiam das suas barracas, alvoraçados e gratos, e as minhas tias preveniam-me logo, enxotando-os com as costas da mão:
- Não se chegue muito que esta gente tem piolhos.

Nessas alturas, e só nessas alturas, era permitido oferecer aos pobres, presente sempre perigoso por correr o risco de ser gasto (- Esta gente, coitada, não tem noção do dinheiro) de forma de deletéria e irresponsável. O pobre da minha Carlota, por exemplo, foi proibido de entrar na casa dos meus avós porque, quando ela lhe meteu dez tostões na palma recomendando, maternal, preocupada com a saúde do seu animal doméstico:
- Agora veja lá, não gaste tudo em vinho
O atrevido lhe respondeu, malcriadíssimo:
- Não, minha senhora, vou comprar um Alfa-Romeo
Os filhos dos pobres definiam-se por não irem à escola, serem magrinhos e morrerem muito. Ao perguntar as razões destas características insólitas foi-me dito com um encolher de ombros
- O que é que o menino quer, esta gente é assim… e eu entendi que ser pobre, mais do que um destino, era uma espécie de vocação, como ter jeito para jogar bridge ou para tocar piano.
Ao amor dos pobres presidiam duas criaturas do oratório da minha avó, uma em barro e outra em fotografia, que eram o padre Cruz e a Sãozinha, as quais dirigiam a caridade sob um crucifixo de mogno. O padre Cruz era um sujeito chupado, de batina, e a Sãozinha uma jovem cheia de medalhas, com um sorriso alcoviteiro de actriz de cinema das pastilhas elásticas, que me informaram ter oferecido exemplarmente a vida a Deus em troca da saúde dos pais. A actriz bateu a bota, o pai ficou óptimo e, a partir da altura em que revelaram este milagre, tremia de pânico que a minha mãe, espirrando, me ordenasse:
- Ora ofereça lá a vida que estou farta de me assoar… e eu fosse direitinho para o cemitério a fim de ela não ter de beber chás de limão.

Na minha ideia o padre Cruz e a Saõzinha eram casados, tanto mais que num boletim que a minha família assinava, chamado «Almanaque da Sãozinha», se narravam, em comunhão de bens, os milagres de ambos que consistiam geralmente em curas de paralíticos e vigésimos premiados, milagres inacreditavelmente acompanhados de odores dulcíssimos a incenso.
Tanto pobre, tanta Sãozinha e tanto cheiro irritavam-me. E creio que foi por essa época que principiei a olhar, com afecto crescente, uma gravura poeirenta atirada para o sótão que mostrava uma jubilosa multidão de pobres em torno da guilhotina onde cortavam a cabeça aos reis".

Dualidades curiosas.




Independentemente das palavras proferidas por Isabel Jonet serem mais ou menos assertivas, mais ou menos infelizes, uma coisa é certa, não entendo o grau de agressividade para com uma pessoa que tem feito um trabalho verdadeiramente notável  e socialmente importantíssimo ao longo de vários anos. Mais confusão, faz assistir a isso e não ver essas mesmas pessoas dizerem uma única palavra ou fazerem uma única referência à questão da greve dos estivadores, a qual já dura há vários meses e que já estão a dar estes "bonitos"resultados. Qual da duas questões será a mais nociva para o País?

Ainda a propósito, transcrevo a questão que Paulo Pinto Mascarenhas colocou na sua página do facebook -  A tal de Raquel Freire que se diz historiadora e faz uma petição contra Isabel Jonet, alguma vez na vida angariou um alimento que seja para dar aos "mais pobres". E que livros de História escreveu que nós não sabemos?


Centro Paroquial da Ramada em 1º lugar.

Padre Arsénio Isidoro
Presidente da Direcção do C.C.P.R.
Aqui fica o meu abraço de PARABÉNS para todos!

Lá, como cá|

 
 

Errado transformar paradigmas casuísticos em paradigmas generalistas

A propósito das recentes afirmações da líder do Banco Alimentar Contra a Fome Isabel Jonet, fica-se com a ideia de que a responsabilidade do estado de crise da nossa Nação é do sistema, de todos os portugueses. A entrevista dada à SIC Notícias, mais do que um alerta transformou-se em mais lenha numa fogueira que está cada vez maior. Isabel Jonet foi quase incendiária ao generalizar a temática originária da nossa crise, seguramente a segunda mais profunda nos países da União Europeia, branqueando os verdadeiros responsáveis pelo actual estado de coisas. E já que gosta de combater a fome dos mais desprotegidos convinha recordar que tivemos um primeiro Ministro que gastou mais de 212 euros por dia apenas em alimentação, durante os seus dois mandatos e isto num País onde existem pessoas que têm de sobreviver com esses mesmos 200 euros durante todo um mês.
A Isabel Jonet faltou rigor e humildade em reconhecer a realidade, também lhe faltou a capacidade de pensar grande. Optou pela resignação: temos todos de ficar mais pobres. Mas quem? Como é que a Dra. Isabel se governa sem levar um único cêntimo para casa, com tão grande família? Estará a empobrecer? Nada disso: o seu marido, o antigo jornalista Nuno Jonet ganha salário elevado que chegue para viver bem. Sem pensar na necessidade de empobrecer. A tabaqueira Philip Morris paga para isso.
Mas afinal o que fez Isabel Jonet? O politólogo Paulo Bernardo e Sousa responde e de forma pertinente:
«Isabel Jonet transformou paradigmas casuísticos em paradigmas generalistas, senão vejamos:
1. Viver acima das possibilidades? Nunca tive nada que não resultasse do meu esforço. Como eu, muitos portugueses haverá, sem prejuízo de também haver aqueles que "contraíram créditos atrás de créditos, para tirar férias, para comprar écrans plasmas, para pagar os outros créditos". Fazer da árvore a floresta não é sério.
2. Necessidade permanente de consumo? Eu e muitos portugueses só consumimos o que precisamos, não sei se as observações feitas eram espécie de autoscopia, mas não me revejo no grupo daqueles que existem - e não o nego - em função do que têm. Logo a generalização mais uma vez é cruel e injusta.
3. Deixar de atribuir o valor aos bens, e ao que custam obter? Só quem não trabalha é que poderá achar que quem o faz não avalia constantemente o valor das coisas. Todavia, esta tentativa de apelidar todos os jovens mimados e egoístas, que recebem tudo dos papás, sem se preocuparem o que custa, como aludiu Isabel Jonet, é cruel e injusta. As minhas filhas quando pretendem algo (desde crianças pequeninas) procuram saber o custo e se tal é possível cobrir.
4. Acreditem, nem todos os pais educam mal os seus filhos. Garantidamente todos fazem o melhor que sabem: filho não vem com manual de instruções e o que resulta nuns não resulta noutros. A verdade é que os alunos que agridem professores, com o apoio dos pais são uma minoria. Mais uma vez a generalização foi cruel e injusta.
5. "Falta de qualificações em grande parte da população? Isto é um facto estatístico comprovado, infelizmente." Lamento, mas não é verdade. Aliás estamos no período da nossa história com maiores índices de formação.
6. E quanto à questão do "alguém há-de pagar": A mim nunca ninguém me pagou nada, pelo que nem sequer espero que tal aconteça. Quanto aos subsídios e suas dependências tal resulta - como diz o Ricardo - de ineficiente acompanhamento da aplicação desses apoios, que em minha óptica devem continuar a existir, mas devidamente acompanhados e contratualizados socialmente de forma a não serem mais do que um impulso a uma nova vida. Baixas médicas fraudulentas, idem: fiscalizem-nas ao invés de assumir que são todas fraudulentas.
Quanto a pontes e tempos de descanso, devo afirmar que o ser humano não foi criado para ser um autómato cujo único objectivo seja produzir e produzir. O ser humano deve buscar a felicidade, sendo que os períodos de descanso surgiram como ganhos civilizacionais por um lado e como instrumentos motivacionais por outro.
Pelo que fica mal, porque é incorrecto, injusto e até cruel afirmar que todos estes casos são algo que existe «dentro da mentalidade colectiva da nossa sociedade». Sem prejuízo de haver pessoas a quem isto se aplique, não é certo que se possa generalizar: tal é um insulto aos milhares que diariamente labutam. O que o contexto actual veio modificar foi a situação das pessoas, pois por mais que produzam foram reduzidas as hipóteses de retorno, porque o resultado da ganância entrou nas nossas vidas e tem-nos diminuído as condições de vida.

Concordo que foi um grande erro ignorar o contributo da banca/classe política. E esse sim, é um grande erro, mas que em função das não conformidades do discurso da menina "Bli" se percebe e é de fácil enquadramento.
Acabo indagando, alguém, cujo horizonte exceda o seu próprio umbigo, acredita que não há miséria?

http://www.youtube.com/watch?v=8JeUnsnvJuA&feature=player_embedded

7.11.12

Odivelas:170.000 páginas visualizadas, 100.000 visitas, mais de 4.000 posts.



Com todos os defeitos e virtudes, uma vezes mais assertivos, outras talvez nem por isso, abordando temas de política local, nacional e internacional, temas desportivos e culturais, mostrando coisas boas e coisas más, passando pela promoção de projectos, iniciativas e entidades, mas também em alguns casos dando informação. Com tudo isto, sem nos furtarmos a abordar questões eventualmente mais polémicos, nos mais de 4.000 posts, conquistámos um local próprio de expressão e pensamento, sempre com o propósito de colaborarmos, sobretudo para Odivelas, na descoberta de UM RUMO.


Agradeço, em nome de todos os bloguers desta casa, as vossas prezadas visitas.

Câmara de Odivelas não cumpre decisão judicial de há 13 anos

Munícipe não recebe indemnização e vive em dificuldade

Hernâni Carvalho levantou duas questões relativamente a um acidente grave que vitimou uma munícipe em Outubro de 1999, recordando: “Então, a D. Adélia caiu num buraco não sinalizado, no bairro da Arroja, na rua Amélia Rey Colaço e teve de ser operada à perna esquerda para colocar 2 placas e 19 parafusos, ficando impossibilitada de fazer a vida normal. Ainda nesse ano iniciou um processo judicial contra a Câmara para ser ressarcida dos danos sofridos e terá obtido decisão favorável por parte do tribunal. Sabe-se que, entretanto, a incapacidade com que ficou inviabilizou o retomar da sua vida activa o que poderá ter reduzido a sua capacidade de sobrevivência a níveis críticos”.
Por isso – questionou o autarca – pretendo conhecer todos os passos que o Município considera dar no sentido de, por um lado, cumprir as decisões judiciais que tenham sido proferidas e, por outro que acautele a actual condição social desta munícipe. Mais quero a descrição de toda a situação que envolve este caso, particularmente os motivos que levaram a que este processo se arraste desde 1999, há 13 anos”.