29.8.12

Instituto de Odivelas: 3 simples questões.

Como têm conhecimento sou um apaixonado do Mosteiro de Odivelas e por isso mesmo tenho um grande interesse por tudo o que ali se passa.
Este é um Monumento Nacional, mandado construir por D. Dinis, à sua conta, em terras que lhe pertenciam e no qual, por sua vontade, está sepultado.
Para além de uma série de factos históricos ligados a este reinado, este foi um espaço onde se desenrolaram muitos episódios da História de Portugal. Só para dar mais alguns exemplos, foi ali que faleceu D. Filipa de Lencastre, por ali passou o cortejo fúnebre de D. João I, ali esteve vezes sem conta D. João V e ali actou pela primeira vez fora da corte Gil Vicente.
Mas não é só, ali funciona há mais de 100 anos um Estabelecimento de Ensino vocacionado para o sexo feminino, o qual foi fundado pelo Infante D. Afonso, com objectivo de dar uma boa educação às filhas do Militares Portugueses que estiveram na I Guerra Mundial e posteriormente na Guerra de Ultramar.
Com a evolução dos tempos, mantendo a qualidade do ensino, e devido à inexistência de guerras em que Portugal está envolvido, houve a necessidade de abrir este estabelecimento à sociedade civil e hoje e o Instituto de Odivelas funciona como se de uma Escola Privada se tratasse, o que lhe dá receitas próprias. Para que não sabe tem dois regimes: internato e externato.
Conheço bem a forma como funciona. A qualidade do ensino é exemplar e os valores que são transmitidos às alunas são irrepreensíveis, para além disso é dada grande relevância ao desporto e à cultura e incute-se em todas elas um espírito de liderança, de entreajuda, de disciplina e de respeito. Este ano por várias vezes visitei o I.O. e para além de ter tido a oportunidade de testemunhar tudo isto, constatei uma enorme felicidade em cada rapariga com que me cruzei e falei. A titulo ilustrativo posso afirmar que  só por questões logísticas não coloquie lá a minha filha.
Pelo que acima expus sou favorável que este espaço seja aberto ao publico aos Sábados, Domingos e Feriados, para que não interfira com o funcionamento do ensino e para que todos o possam conhecer e viver.
Foi por isso que fui o primeiro subscritor e um dos impulsionadores de uma Petição Pública para que o Mosteiro abrisse ao público aos dias de feriado e fins-de-semana, a qual teve cerca de 6.500 subscritores (maior parte presencialmente), e hoje sou um acérrimo defensor que o Instituto de Odivelas continue a funcionar no mesmo edifício.
Com esta vontade de fundir as 3 escolas militares numa só instituição, sem que tivessem sido devidamente explicadas as razões, levantam-se as seguintes questões:
1-      Será que há uma vontade secreta de alienar os edifícios do I.O. e dos Pupilos do Exército?
2-      Será que há uma vontade secreta de acabar com um ensino que tem bons resultados em termos curriculares e que promove a capacidade de pensar e de liderar?
3-      Uma vez que só há 3 estabelecimentos com estas características, será que se pretende limitar a possibilidade escolha, a qual é própria de regimes livres e democráticos?


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