22.3.12

Injusto, mas o risco de quem opta pela vida pública

Não é justo expôr a vida pessoal de cada um de nós nos meios públicos. Mas este é a outra face da moeda para quem escolhe uma vida - ou parte dela - pública, particularmente num meio que mexe com demasiados interesses e num País onde a transparência não é decididamente uma prática comum.
Os árbitros e todos os outros actores do futebol profissional arriscam-se a ficarem mais expostos. Estranha-se é esta onda de indignação de quem, afinal, não deve temer nada, antes regozijar-se de uma vida transparente, imbuída de valores morais elevados concordantes com a actividade de juiz nos jogos de futebol profissional. Quem não se quer expor, quem não gostam que lhe conheçam as virtudes e defeitos, só tem um caminho: sair da actividade.
É assim, com os políticos, actores, os próprios futebolistas e muitos outros profissionais da fama.
Não me parece que este acontecimento seja tema para tantas notícias quando o País se confronta com outros casos bem complexos e que levantam sistemática controvérsia a deixar antever que a Justiça não funciona, muito por força da legislação, mas certamente pela inércia de todos e corporativismo das instituições.
Este caso da publicação de dados sobre a vida dos árbitros será apenas um caso de polícia, por estarmos perante um suposto furto de uma base de dados das instalações de uma associação profissional. E nada mais que isto!

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