16.2.12

A SEMENTE.



Todos nós não somos mais que o fruto de milhões e milhões de sementes, umas lançadas há mais tempo que outras, mas onde todas se entrelaçam entre si. E é todo esse conjunto de infinitas sementes e a forma como em nós se desenvolveram cada uma delas que faz que cada um de nós seja um ser único. É também esta a razão de irmos evoluindo neste ou naquele sentido.

Mas se é verdade que todos somos fruto de milhões de sementes, a grande verdade é que todos somos também uma semente. Semente essa que por sua vez está permanentemente a gerar mais sementes.

Sendo assim, quando se lançam as sementes à terra nunca sabemos quais as que florescem e se muitas por ventura, a maior parte, não passam de sementes, outras há que germinam. A grande verdade, é que é impossível anteciparmos quais são umas e outras.

É importante termos sempre presente que estamos permanentemente a semear, só assim poderemos estar atentos às sementes que lançamos. É que mais cedo ou mais tarde, muitas vezes quando já não esperamos, elas podem germinar e tanto pode acontecer com proveito ou prejuízo próprio, como de terceiros. Muitas vezes apercebermo-nos disso, outras há em que nunca o saberemos.

Vem isto a propósito de algo que em 2010 ajudei a plantar e que há dois dias, sem que estivesse à espera, sem que tivesse regado mais alguma vez, germinou. Não tirei proveito próprio e até só soube posteriormente, é indiferente. Não sei se é uma árvore de folha caduca, de folhagem permanente ou uma daquelas plantas que dá uma linda flor e depois morre, mas sei que nesse dia pelo menos uma pétala apareceu.


 

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