4.11.11

10 - Acreditar, acreditar, acreditar!

Pode Haver Luz - In:Jornal Nova Odivelas.

Por vezes, com mais frequência nestes últimos tempos, devido às dificuldades que o Pais atravessa e que se reflectem nas nossas vidas, somos tentados a desanimar, a perder a esperança e a desistir de lutar, pois somos possuídos por um sentimento de impotência perante o escuro cenário que se apresenta no nosso horizonte.
Há muito tempo, devia ter uns nove ou dez anos, vi colocado na parede do escritório, de uma prestigiada instituição desportiva, um slogan que dizia o seguinte: “O fácil está feito, o difícil está a fazer-se, o impossível vai fazer-se e milagres não se fazem”.

É com este espírito, acrescido da minha forte convicção que “crer é poder”, que enfrento as ideias e os projectos que abraço.

Vem isto a propósito de um projecto que recentemente, em conjunto com um grupo de cidadãos, abracei, o qual, contra ventos e marés, teve o êxito que todos reconhecem. Estou a falar do “Outubro – Mês de D. Dinis”, integrado nas comemorações dos 750 anos do nascimento do Rei D. Dinis.

Com este projecto foi possível:

- Que Odivelas (não só, mas sobretudo) ficasse a conhecer melhor o Rei Dom Dinis e a importância do seu Reinado na História de Portugal;

- Que mais pessoas ficassem a saber que o Rei D. Dinis está aqui sepultado;

- Demonstrar que Odivelas, para além de ser um dormitório e do concelho ter sido transformado num monte de betão, tem história, tradições e cultura;

- Demonstrar que Odivelas, mesmo que seja de forma humilde (*), sabe receber e organizar com qualidade e dignidade qualquer tipo de evento cultural;

- Que sem se gastar verbas loucas, desde que haja competência, vontade, determinação, dedicação e a necessária capacidade de envolver a população e as forças vivas do Concelho, podemos fazer iniciativas culturais de excelência.

Por tudo isto concluo este meu texto afirmando que todos nós podemos e temos que acreditar, só assim poderemos mudar e ajudar a mudar.

(*) Humildade não equivale a vergonha. Vergonha é roubar e gastar aquilo que de ante mão sabemos não poder vir a pagar ou gastar, ou mesmo, gastar desnecessariamente aquilo que é de todos.

1 comentário:

Lopo disse...

Deviam-se fazer Outdoors com essa bela frase,e espalhar-se pelo País,do Minho ao Algarve.Parabéns a Odivelas e parabéns a todos.