31.10.11

Exemplo que não fez escola

Como em toda a história existem personagens que reconhecem mais ou menos a importância em defender a causa pública, o respeito pelas receitas provenientes dos impostos, do esforço colectivo dos contribuintes. O primeiro Presidente da República Portuguesa, Manuel de Arriaga, deu esse exemplo.
Era oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos.
O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.
Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse: "Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma vez me servir dele..."
Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa anexa a este.
Pagou a renda da residência oficial e todo mobiliário do seu bolso.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.

Soma e segue!

30.10.11

Não é só com dinheiro que se faz obra!

Há quem pense que a cultura e o conhecimento se faz só com mais e mais dinheiro, isso não é exactamente verdade, as verbas nessas áreas têm vindo a aumentar ao longo dos anos, mas o conhecimento e a cultura nem por isso.

Ainda este mês em Odivelas tivemos um bom exemplo. Sem despender as avultadas verbas que a Câmara despendeu com as comemorações do aniversário do Rei D. Dinis, um grupo de cidadãos (Pensar Odivelas) fez bem mais, tanto na promoção do conhecimento do seu reinado, como na divulgação do mesmo, como ainda na ligação de D. Dinis à nossa Terra.

Eu sei que isso requer competência, imaginação, dedicação, trabalho, muito esforço e alguns sacrifícios, mas afinal não é precisamente isso que Portugal e Odivelas precisam há muito e sobretudo neste momento? 

Nota 1: Não era minha intenção ter escrito o post que em cima coloquei, mas ao ver o texto que a Dr.ª Susana Amador colocou no seu mural do facebook, não só porque é preciso ter muita lata, mas porque é representativo da forma como ela própria olha para a resolução dos problemas, não podia ter deixado de o fazer. Assim se gastou o que se gastou (nosso dinheiro) num canil, num Jardim da Música, num Jardim da Ribeirada, num Pavilhão Multiusos e em tantos erros e omissões, só para mencionar alguns exemplos.
Nota 2: Post de Susana Amador no Facebook - Felizmente ainda existem muitos que não se resignam e que acreditam que Portugal só vence ( não se empobrecer) pelo Conhecimento, pela Ciencia, pela educação, pela Cultura...esses são os que interessam porque fazem avançar Portugal e o mundo! Sabiam que este Orçamento de Estado corta 864 milhoes de euros na Educação e Ciência face ao OE anterior? De facto maior empobrecimento que este será dificil, porque significa desistir da inteligencia e competitividade de um povo....
 

Eu apoio a proposta de Paulo Aido.

“Que se passe a chamar ao Pavilhão Multiusos de Odivelas, o Pavilhão ‘Susana Amador’, para que daqui a 25 anos os nossos filhos e os nossos netos conheçam uma das razões pelas quais o Município continua asfixiado financeiramente ou, como diz o povo, com a corda na garganta”.

Declaração Politica de Paulo Aido na Reunião de Câmara.

29.10.11

D. Dinis renasceu!

Ao fazer a retrospectiva deste mês e de todo o trabalho que foi feito em torno de "Outubro - Mês de D. Dinis", ao qual dediquei uma grande quantidade de tempo e energia, só posso, ao sentir que os resultados ultrapassaram todas as minhas mais optimistas expectativas e ao ouvir afirmar que este projecto fez renascer D. Dinis, afirmar que foi altamente gratificante.

Todos os que integram o Pensar Odivelas estão de PARABÉNS.

28.10.11

25 Anos de aperto financeiro por causa da público-privada 'OdivelasViva'

A propósito da passagem dos dois anos de mandato, o Vereador Paulo Aido recordou a formalização da OdivelasViva, empresa público-privada que, há dois anos, em vésperas das Eleições Autárquicas, escriturou com a Caixa Geral de Depósitos, um empréstimo de 22,5 milhões de euros, com uma taxa de 4,11%, a pagar em 25 anos, para construir uma escola básica / jardim-de-infância e um pavilhão multiusos que “a Sra. Presidente insistiu em edificar já em tempo de dificuldades e que só serve para entregar ao desbarato a todos os que o querem utilizar, faltando ainda hoje conhecer o modelo de gestão e, consequentemente, o objectivo para que foi construído”.
O autarca propôs: “Que se passe a chamar ao Pavilhão Multiusos de Odivelas, ‘Susana Amador’, para que, daqui a 25 anos – duas décadas e meia –, os nossos filhos e os nossos netos conheçam uma das razões pelas quais o Município continua asfixiado financeiramente ou, como diz o povo, com a corda na garganta”.
Acerca do balanço intercalar do mandato, o Vereador Independente afirmou: “Concluíram-se dois anos de mandato deste Executivo. Fez-se um retrato feliz e contente de um Município onde a solidariedade é uma palavra activa e tudo corre no melhor dos mundos, sem inquéritos da Inspecção-Geral da Administração Local, IGAL, onde também não se faz mais por culpa do governo que não deixa fazer. Mas deste governo, sublinhe-se. Porque do anterior governo, do Partido Socialista, que sempre mereceu os mais rasgados elogios da Sra. Presidente da Câmara de Odivelas, tudo permitiu, tudo fez, tudo pagou”.
Na sua declaração, Paulo Aido referiu: “Temos de concluir que a Sra. Presidente não tem melhor Município por culpa do malvado governo actual que se encontra no poder há eternidade de 4 meses, e, como tal, é responsável por tudo o que ficou por fazer:
· Pela suspensão da construção dos Centros de Saúde da Ramada e da Póvoa de Santo Adrião que aconteceu, ainda antes das eleições de 5 de Junho, por falta do visto do Tribunal de Contas;
· Pela não construção do edifício para a Divisão da Policia de Segurança Pública de Odivelas, a construir na Urbanização da Ribeirada, uma das bandeiras da campanha do Partido Socialista nas Eleições Autárquicas de 2009;
· Pelo impasse na reconstrução de um antigo pavilhão escolar na Póvoa de Santo Adrião, para albergar a Divisão de Trânsito da PSP de Loures, fruto de um protocolo que a Sra. Presidente se apressou a celebrar com o Sr. Ministro da Administração Interna pouco antes das Eleições Legislativas do passado dia 5 de Junho;
· Pelo colapso da sociedade com a agência Odinvest que tanto jeito deu durante a campanha eleitoral do Partido Socialista, nas Autárquicas de 2009, com o projecto ‘O Tech’ que proporcionou diversas exposições públicas de maquetas e esboços, nos locais mais emblemáticos do concelho;
· Pela não apresentação do Plano Municipal para a Igualdade de Género que já passou todos os prazos prometidos;
· Por se desconhecer ainda as actividades do Banco do Voluntariado de Odivelas, precisamente no Ano Europeu para o Voluntariado que está quase a terminar;
· Pelas derrapagens nos orçamentos de, pelo menos, duas escolas - a intervenção na Gonçalves Crespo que custou mais 14%, e na Porto Pinheiro, mais 10,9%;
· Pela sistemática violação do Direito de Oposição seja pela ausência de recursos seja pela negação de respostas a alguns dos 35 requerimentos que fiz;
· Pela rejeição de mais de 90 recomendações que aqui fiz e que depois, meses mais tarde, algumas são copiadas e aceites como boa. Algumas das recomendações foram apresentadas no âmbito da sinistralidade e circulação rodoviária, segurança nas escolas, anomalias urbanísticas, política de transportes no âmbito da mobilidade, das actividades económicas pela reedição da OdiMostra e estabelecimento de relações com a Confraria da Marmelada visando a certificação que se encontra por fazer, no âmbito social com destaque para as crianças do Bairro Cassapia;
· Pela reprovação de seis propostas alternativas que apresentei, a exemplo a política fiscal (IRS e IMI) da Câmara Municipal, as taxas a praticar no estacionamento Egas Moniz que, mesmo assim, ainda é muito pouco utilizado, e as remunerações dos patrulheiros reduzidas por este Executivo ao invés da minha proposta”.


in Nota Informativa do Gabinete do Vereador Paulo Aido

Ai República, República!

Como é possivel?

27.10.11

Carlos Simões



È com enorme satisfação pessoal que escrevo este post, porque gostaria de dar as boas vindas ao Carlos Simões como contribuidor do Um Rumo!





Este blogue já há bastante tempo que é uma refêrencia no panorama opinativo destas terras de El Rei Dom Dinis! E é muito salutar que o seu fundador Miguel Xara Brasil, tenha a generosidade de o partilhar com os demais contribuidores, contando com outras perpectivas e com outras opiniões.


Por isso caro colega, gosto de te ver por aqui! Estou certa que vamos ficar mais "ricos"!



Paulo Aido arrasa Susana Amador.

No Passado dia 25, em Reunião de Câmara, Paulo Aido fez uma Declaração Política, a qual está publicada na Odivelas.com, que põe a nú toda a desastrosa governação de Susana Amador nestes dois primeiros anos de mandato.

Desde as inspecções do IGAL, Pavilhão Multiosos, Derrapagem nas Obras, o falhanço nas politicas sociais, da mobilidade, da saúde e da segurança, nada ficou por apontar.

Vale a pena clicar aqui e ver como em apenas 4 minutos tudo ficou dito.

José Maria Martins - "A culpa é do P.S."

José Maria Martins escreve no seu blogue um post bem duro , no qual é claro na forma como responsabiliza o PS pelo ponto a que Portugal chegou, ora veja!

Piada da semana veio de Odivelas

Odivelas é uma terra onde se aprende bastante, onde as evidências deixam de ser. Extraordinário, um político com enormes responsabilidades no concelho proferiu uma boa piada: O Instituto de Odivelas, uma espécie de colégio militar para meninas, é um estabelecimento de ensino privado.
Se estivéssemos num País de radicais, já tínhamos um conflito institucional entre uma autarquia e o Ministério da Defesa.
Muitas vezes a ânsia em mostrar importância pelo blá, blá, blá, acaba da pior forma e ainda mais despropositado é quando arrasta consigo outros protagonistas capazes de iniciar uma discussão em torno do ensino privado versus ensino público.
E ainda sonham com uma terra de oportunidades, desenvolvida onde é bom para viver...

Confiar no desconhecido.

Embora com alguns dias de atraso, mas porque só hoje li este texto (Confiar no Desconhecido) de Raquel Abecassis e gostei dele, deixo aqui o link, para que caso o entenda o leia ou oiça, vale a pena!

Não há dois sem três!

O Paulo Pinto Mascarenhas e a Raquel Abecassis, ambos meus ex-colegas de liceu, há muitos anos que se dão bem e ao dar uma "espreitadela" no blogue ABC do PPM não pude deixar de sorrir quando vi ambos linkados num post a propósito das última aparições de Teixeira dos Santos.

Como não há dois sem três, associo-me a eles, mas como já na altura do liceu não era muito apologista dos brandos costumes, continuo a dizer que tem que haver responsabilização criminal. Não venham cá dizer que é difícil, pois se é possível e há na gestão privada,  na pública também tem terá que ser.





26.10.11

Quem se lixa é o mexilhão.


A bem da gastronomia, agora que foi levantada a iterdição, é que é caso para dizer: "quem se lixa é o mexilhão".
Até porque há muito que andamos a fazer de mexilhão.

25.10.11

Outubro - Mês de D.Dinis está a chegar ao fim.

Como é sabido no seio de um grupo sensacional de pessoas tenho vindo a colaborar num projecto que tem como objectivo melhorar a qualidade de vida valoriza a vários níveis a nossa Terra.
Este último mês, por coincidir com o assinalar dos 750 anos do nascimento do Rei D,Dinis, resolvemos promover uma série de iniciativas no âmbito cultural, as quais, tal como tem sido noticiado, têm tido um enorme sucesso e por isso tem alcançado as nossas intenções iniciais, conhecer melhor este rei e este reinado, divulgar a sua obra e o facto do seu túmulo se encontrar em Odivelas.

O Pensar Odivelas caminha agora para a última das iniciativas de "Outubro - Mês de D.Dinis", um jantar/concerto, esta sexta-feira, no Forno da Cidade, no qual serão cantadas (João Soares) musicas da época, será feito um breve balanço deste mês de actividade, será apresentada mais uma surpresa e anunciado o que de futuro iremos fazer relacionado com este tema.

Associe-se a mais esta iniciativa, venha jantar connosco e fique a conhecer melhor o Rei D.Dinis.

Nota: Reservas pelo email pensarodivelas@gmail.com

Enquanto uns tentam moralizar, outros ...

Há muito que venho defendendo a ideia que há uma grande necessidade de se moralizar a classe política, este governo e os dois partidos que fazem parte dele têm vindo a dar alguns passos nesse sentido, mas outros fazem coisas como esta.

Coragem

Vivemos numa sociedade onde a falta de coragem e a falta de honestidade imperam. Mas, há as exceções que confirmam as regras.

Fica a faltar o passar-se das palavras às ações.


Teresa Salvado




Hoje no Pensar Odivelas

Imagem do interior da camineta n.º 1.

Durante o dia de hoje vão ser colocados no blogue deste movimento de cidadão pequenos filmes com imagens da visita guida por Maria Máxima Vaz aos Monumentos Históricos do Concelho de Odivelas, uma iniciativa inserida pelo Pensar Odivelas no âmbito das comemorações dos 750 anos do nascimento de D.Dinis.
Pela adesão a esta iniciativa e pela reacção das pessoas no final desta jornada ficou claro para todos que a politica deste executivo na áreas da cultura é algo que também urge rever.

Uma "sapatada" na crise!

Estava a achar estranho!

Depois de ter visto a Tropa e o Presidente da República, estava a achar estranho que estes senhores estivessem tão calados.

Uma semana cheia de bons exemplos!

24.10.11

Orçamento 2012.

Nos últimos dias tenho estado a fazer o orçamento da empresa onde trabalho para o ano que aí vem, mas se o ano passado já foi uma tarefa árdua, este ano ainda é pior. Se a receita é sempre dificil de prever, este ano ainda é mais, entendo mesmo que talvez seja mais fácil acertar no Euromilhões. Por isso, mais que fazer um orçamento, o qual sobretudo tem que ser rigoroso na despesa, importa repensar  a empresa e inovar a fim de criar diferenciação, de motivar "as trpas" e de evitar surpresas desagradáveis. Para já uma coisa é certa, todos vão ter que trabalhar melhor.

"O Desenvolvimento do Subdesenvolvimento"

O sociólogo e professor universitário Boaventura de Sousa Santos publicou mais uma análise pertinente sobre a actualidade económica global que vislumbram os interesses dos mais poderosos com o incremento da globalização. O sociólogo, um dos melhores da sua geração no palmarés internacional, apenas deixa de fora uma reflexão sobre a continuidade na zona monetária europeia, tal como sucede com dez dos 27 países membros da Comunidade, entre eles o Reino Unido, Dinamarca, Suécia e Polónia. Não se refere à maior ou menor importância das moedas soberanas, particularmente a libra esterlina. Mas a sua visão resumida publicada na revista Visão, de 20 de Outubro, não deixa de ser relevante.
Está em curso o processo de subdesenvolvimento do país. As medidas que o anunciam, longe de serem transitórias, são estruturantes e os seus efeitos vão sentir-se por décadas. As crises criam oportunidades para redistribuir riqueza. Consoante as forças políticas que as controlam, a redistribuição irá num sentido ou noutro. Imaginemos que a redução de 15% do... rendimento aplicada aos funcionários públicos, por via do corte dos subsídios de Natal e de férias, era aplicada às grandes fortunas, a Américo Amorim, Alexandre Soares dos Santos, Belmiro de Azevedo, Famílias Mello, etc. Recolher-se-ia muito mais dinheiro e afectar-se-ia imensamente menos o bem-estar dos portugueses. À partida, a invocação de uma emergência nacional aponta para sacrifícios extraordinários que devem ser impostos aos que estão em melhores condições de os suportar.
Por isso se convocam os jovens para a guerra, e não os velhos. Não estariam os super-ricos em melhores condições de responder à emergência nacional?
Esta é uma das perplexidades que leva os indignados a manifestarem-se nas ruas. Mas há muito mais. Perguntam-se muitos cidadãos: as medidas de austeridade vão dar resultado e permitir ver luz ao fundo do túnel daqui a dois anos? Suspeitam que não porque, para além de irem conhecendo a tragédia grega, vão sabendo que as receitas do FMI, agora adoptadas pela UE, não deram resultado em nenhum país em que foram aplicadas – do México à Tanzânia, da Indonésia à Argentina, do Brasil ao Equador – e terminaram sempre em desobediência e desastre social e económico. Quanto mais cedo a desobediência, menor o desastre.
Em todos estes países foi sempre usado o argumento do desvio das contas superior ao previsto para justificar cortes mais drásticos. Como é possível que as forças políticas não saibam isto e não se perguntem por que é que o FMI, apesar de ter sido criado para regular as contas dos países subdesenvolvidos, tenha sido expulso de quase todos eles e os seus créditos se confinem hoje à Europa. Porquê a cegueira do FMI e por que é que a EU a segue cegamente? O FMI é um clube de credores dominado por meia dúzia de instituições financeiras, à frente das quais a Goldman Sachs, que pretendem manter os países endividados a fim de poderem extorquir deles as suas riquezas e de fazê-lo nas melhores condições, sob a forma de pagamento de juros extorsionários e das privatizações das empresas públicas vendidas sob pressão a preços de saldo, empresas que acabam por cair nas mãos das multinacionais que actuam na sombra do FMI. Assim, a privatização da água pode cair nas mãos de uma subsidiária da Bechtel (tal como aconteceu em Cochabamba após a intervenção do FMI na Bolívia), e destinos semelhantes terão a privatização da TAP, dos Correios ou da RTP.
O back-office do FMI são os representantes de multinacionais que, quais abutres, esperam que as presas lhes caíam nas mãos. Como há que tirar lições mesmo do mais lúgubre evento, os europeus do sul suspeitam hoje, por dura experiência, quanta pilhagem não terão sofrido os países ditos do Terceiro Mundo sob a cruel fachada da ajuda ao desenvolvimento.
Mas a maior perplexidade dos cidadãos indignados reside na pergunta: que democracia é esta que transforma um acto de rendição numa afirmação dramática de coragem em nome do bem comum? É uma democracia pós-institucional, quer porque quem controla as instituições as subverte (instituições criadas para obedecer aos cidadãos passam a obedecer a banqueiros e mercados), quer porque os cidadãos vão reconhecendo, à medida que passam da resignação e do choque à indignação e à revolta, que esta forma de democracia partidocrática está esgotada e deve ser substituída por uma outra mais deliberativa e participativa, com partidos mas pós-partidária, que blinde o Estado contra os mercados, e os cidadãos, contra o autoritarismo estatal e não estatal. Está aberto um novo processo constituinte. A reivindicação de uma nova Assembleia Constituinte, com forte participação popular, não deverá tardar
”.
Boaventura de Sousa Santos, in Visão 20 Outubro 2011.

Outubro - Mês de D. Dinis/Jantar - Concerto é já esta sexta-feira!

INSCRIÇÕES:


Bem gostava de aqui ter dois ou três!

Quadro de Vieira da Silva vendido por 1,5 milhões de euros em Paris.

Mais vale tarde, que nunca!

Não é que seja ilegal, parece que não é, mas não só da legalidade se faz a moralidade e há pessoas que teimam em não perceber que têm, nem que não seja pela posição que ocupam, que dar o exemplo. Miguel Macedo colocou-se por isso mesmo de baixo de fogo, não percebeu que com isso estava a colocar em questão, não só a sua posição, como a do governo.

Hoje veio a público informar que ia abdicar do subsídio de residência, é caso para dizer: mais vale tarde que nunca!

23.10.11

Lembras-te de cada uma!

Então estava o homem a tentar passar no meio da chuva e tu logo te foste lembrar disso.

O Grande Português

uma vez votei em D.Dinis, mas estou certo que se esse programa voltasse à nossa TV, o "nosso" Rei venceria.

Marcas portuguesas, precisam-se

É muito encorajador, em tempo de crise, ver apelo sistemático ao consumo de produtos portugueses. São campanhas patrióticas que se esqueceram de fazer no passado recente, já pós-revolução, em que tudo o que era estrangeiro era bem melhor que o nacional. Recordo-me de exemplo básico: a Coca-Cola era muito melhor que a Canada Dry, por acaso produzida pelo grupo Cadbury Schweppes em Portugal, no mesmo local onde também se produzia o Ginjer Ale. Pois é desprezou-se alguns investimentos estrangeiros que nos deixavam dinheiro em casa, como os canadianos do Dr. Pepper Group Snapple. Muito melhor a Coca-Cola que tem um sabor muito especial, tão especial que paga a taxa de IVA mínima (6%), contra algumas bebidas nacionais que se encontram sujeitas à taxa intermédia ou máxima… Só a partir de 2012, por força do novo Orçamento de Estado, a Coca-Cola passa finalmente a pagar 23%.
Mas infelizmente os portugueses não se apercebem de que o mercado europeu ainda não tem regras totalmente definidas sobre a oposição de selos de origem nos produtos de consumo.
Em alguns casos é mesmo uma vergonha perante tantas regras que a União Europeia já emanou: ainda não se encerrou o dossier sobre a legislação definitiva para certificação e rotulagem de proveniência de um enorme conjunto de produtos. Também em Portugal se foge em cumprir muitas das determinações a este propósito. Estima-se que, em mais de 45% dos casos, podemos estar enganados quanto à proveniência dos produtos... Isto é, existem milhares deles produzidos em Portugal que saem do País e voltam ou tão simplesmente são comercializados sob a distribuidora com marca estrangeira ou marca própria. Vejamos alguns casos distintos:
· Em Portugal, na cadeia de supermercados LIDL, a carne fresca comercializada é totalmente nacional;
· Ainda nesta cadeia, a manteiga e os queijos sob a marca "Lactolus" são quase todos nacionais e de origem açoriana;
· Em contra partida, mais de 50% do vestuário vendido na portuguesíssima Lanidor é fabricado na China, naturalmente sob design e orientações da empresa.
Ainda mais delicado é o comércio do azeite: Insiste-se em não colocar selo de proveniência do produto. Pois claro, interessa sobretudo às empresas "Azeite Galo" e "Oliveira da Serra". No primeiro caso estamos perante um distribuidor de azeite que compra tudo o que vende: fá-lo em Portugal e fora. Muito deste azeite tem várias proveniências: Espanha, Turquia e algum oriundo da Grécia.
No caso do Oliveira da Serra estamos perante uma empresa de capitais maioritariamente espanhóis que só, recentemente, vende azeite nacional. Nas garrafas da marca continua a colocar-se azeite espanhol.
Nesta matéria importa aprender que o melhor azeite do mundo é de sequeiro: neste capítulo, os líderes são os portugueses e os gregos e, esse é um azeite que não se pode vender, a 2, 3, 4 ou mesmo a 5 euros por cada 7,5 decilitros. É muito mais valioso!
Também alguns produtos industriais de marcas estrangeiras são fabricados em Portugal. Encontramos os sectores da embalagem, da cosmética, farmacêutica, dos instrumentos médicos, do calçado e têxteis das marcas de topo, e pré-preparados alimentares como a polpa de tomate, onde ocupamos o terceiro lugar do ranking mundial e, por isso, ‘enchemos’ as embalagens de quase todas as marcas de ketchup.
Estas acções de proteccionismo do que é nosso, mostram inequivocamente empenho dos portugueses mais preocupados com o futuro do desenvolvimento do País, com o desperdício promovido pelas importações e o seu desnível relativamente às exportações. Mas correm o risco de se encontrarem a promover campanhas meramente demagógicas.
Provavelmente também se desconhece que 30% dos acabamentos da roupa produzida pela espanhola Indutex - dona de 8 marcas, entre elas a Zara e o maior fabricante têxtil da Europa – são realizados em empresas nacionais, bem como 17,5% da produção global de alguns modelos.

Uma sugestão: Lutemos pela criação de marcas portuguesas. Lutemos pelo nascimento de muitas 'BéBéCar', o mais excelente fabricante de cadeiras para transporte de recém-nascidos e crianças e mobiliário infantil. A BéBéCar é uma das empresas nacionais mais galardoadas e a autora do Rolls-Royce dos carrinhos de bébé, o mais premiado em todo o mundo.

José Maria Pignatelli

Imagem do Dia!

22.10.11

Dias diversificados.

Se ontem vim pouco aqui porque andei noutras paragens (visitas relacionadas com a Saúde e Acção Social), hoje foi a vez de nem cá ter passado, é que andei aqui desde manhã, não a PENSAR, mas a EXECUTAR ODIVELAS.

Amanhã veremos, BOA NOITE!

21.10.11

Outro Copy-Paste???



Hoje a edição Nº 411 do Jornal Nova Odivelas:








Na rúbrica - Nobres Confissões de Maria Ricardina De Marmelo e Sá, esta salienta, o novo slogan para Odivelas, que já foi terra de oportunidades, onde já foi bom viver e ao que parece agora é Odivelas capital de D.Dinis!


Espero bem que seja algum engano da Ricardina, Odivelas capital de D.Dinis? Querem lá ver, outro Copy-paste, tirado a ferros?


È o que dá os programas curriculares do ensino básico já não contemplarem o item que os alunos de quando em vez, tenham que saber fazer uma cópia bem feita, com boa letra, sem erros e se possível com uma ilustração alusiva por baixo!


Assim, temos uma Odivelas com uma enorme quantidade de amadores que nem a copiar se safam!

PJ continua a marcar pontos.

Pese o facto de muitas vezes não ser tratada com a dignidade e o respeito que merece, a PJ e os seus efectivos continuam a dar mostras da sua eficácia. Depois de já ter "apanhado" os agressores do homem que acabou por falecer quando na semana passada, na Pontinha, foi socorrer alguém que estava a ser assaltado por três indivíduos, vem hoje a público a notícia que foi "caçada" uma rede de tráfico de diamantes com origem na Serra Leoa.

Tenho a ideia que a causa da Justiça estar neste estado, não está nem de perto, nem de longe na PJ.

Economia, para salvar a EUROPA

É esta teoria que vai salvar a Europa.

Um viajante chega a um hotel para dormir, mas pede para ver o quarto. Entretanto, entrega ao recepcionista duas notas de 100 €. Enquanto o viajante inspecciona os quartos, o gerente do hotel sai a correr com as duas notas de 100 €, e vai à mercearia ao lado pagar uma dívida antiga,... exactamente de 200 €. Surpreendido pelo pagamento inesperado da dívida, o merceeiro aproveita para pagar a um fornecedor uma dívida que tinha há muito... também de 200 €. O fornecedor, por sua vez, pega também nas duas notas e corre à farmácia, para liquidar uma dívida que aí tinha de... 200 €. O farmacêutico, com as duas notas na mão, corre disparado e vai a uma casa de alterne ali ao lado, liquidar uma dívida com uma prostituta... coincidentemente, a dívida era de 200 €. A prostituta agradecida, sai com o dinheiro em direcção ao hotel, lugar onde habitualmente levava os seus clientes e que ultimamente não havia pago pelas acomodações.

Valor total da dívida... 200 €. Ela avisa o gerente que está a pagar a conta e coloca as notas em cima do balcão. Nesse preciso momento, o viajante retorna do quarto, diz não ser o que esperava, pega nas duas notas de volta, agradece e sai do hotel. Ninguém ganhou ou gastou um cêntimo, porém agora toda a cidade vive sem dívidas, com o crédito restaurado e começa a ver o futuro com confiança!

MORAL DA HISTÓRIA:

NINGUÉM ENTENDE A ECONOMIA!

Nota: Autor desconhecido

20.10.11

Susana Amador prejudica Câmara só para trazer 'Xutos' a Odivelas

Em causa cerca de 20 mil euros


É intolerável que a Câmara Municipal de Odivelas só peça aos Xutos e Pontapés 2600 euros para alugar um pavilhão que custou milhões ao erário público, banda que deverá arrecadar cerca de 100 mil euros em bilheteira”, disse o Vereador Paulo Aido a propósito do contrato de cedência do Pavilhão Multiusos para o concerto do próximo dia 29 de Outubro.
Aplicando o Regulamento de Taxas, o Município teria a receber 2.682 euros mais 20% da receita bruta, qualquer coisa como 22.600 euros”, precisou o autarca que adiantou: “Este evento descapitaliza a Câmara Municipal do ponto de vista financeiro porque ainda se oferece a electricidade, todos os bens consumíveis, a utilização de um gerador e de todo o espaço do pavilhão cujo valor é, claramente, bem mais elevado que os 2600 euros cobrados. A Câmara de Odivelas fica a perder num negócio comercial”.
Para Paulo Aido, este caso tem ainda contornos mais estranhos e graves ao saber que “o Município impôs ao promotor do concerto, seu interlocutor, a contratação dos serviços do próprio gestor do Pavilhão Multiusos”. O Vereador Independente interrogou: “Alguém sabe quanto vai ganhar o gestor do nosso pavilhão com este negócio? Isto acontece com que propósito? Será que uma inspecção da IGAL não chegou? Como é possível cobrar menos aos Xutos e Pontapés que a outras bandas muito menos conhecidas? Como vai a Câmara Municipal pagar os milhões que custou o pavilhão?
Para o autarca também é extraordinário só agora este assunto vir à aprovação do Executivo de Câmara, depois de se noticiar o acontecimento há mais de quinze dias e se encontrar publicitado por todo o lado: “Em Odivelas a Lei, as regras da democracia são, há muito, letra morta”.

Pensamento do dia.

Com as minha desculpas, mas o pensamento do dia que coloco aqui com alguma regularidade, hoje teve que ser colocado no blogue do CDS/PP, onde como todos sabem também escrevo. Passo a transcreve-lo:

e o Barão tem razão.

Portugal é mesmo bonito.

Porque será que saltou a rolha ao Sr. Presidente da República?

Artur Rêgo
Tudo o que eu o pudesse escrever sobre a intervenção do Sr.Presidente não iria acrescentar nada ao texto que Artur Rêgo, Deputado do CDS na Assembleia da República, pessoa que por sinal  muito estimo,escreveu hoje no seu mural do Facebook:

"O seu silêncio estes anos todos enquanto assistia ao País a deslizar imparavelmente para o buraco em que se encontra, enquanto assistia à pouca vergonha, desgoverno e descalabro dos anteriores Governos, esse seu silêncio não violou princípio nenhum ? Ou só agora, que vai ficar sem subsídios e que lhe vão mexer nas pensões, é que acordou e se lembrou dos princípios ? Acordou tarde V.Exa, e pelas piores razões. Mais valia ter continuado no silêncio a que já durante tantos anos nos tinha habituado."

Acrsecento só três reflexões:
1 - Será que o silêncio durante todos aqueles anos não foi uma tática para não correr qualquer risco na sua reeleição por mais cinco anos, isto por uma pessoa que gosta de passar a imagem de não ser político?

2 - Será que faz sentido um Presidente da República optar por receber a reforma em vez do ordenado?

3 - Será que faz sentido pagarmos ordenados a 3 ex-Presidentes da República (dentro de uns anos provavelmente serão 4), acrescido de polícia 24h por dia à portade cada uma das casas que têm (alguns têm várias), mais motorista, secretária e gabinete?

19.10.11

Um bom exemplo que vem da Suíca.

Belmiro alerta

"Neste momento, estamos longe da Grécia, mas às taxas actuais não temos nenhuma hipótese de pagar a dívida", afirmou Belmiro de Azevedo, o ‘patrão’ da Sonae, que considerou que o cumprimento do acordo com a ‘troika’ deve ter como ambição os três ‘AAA’ na classificação das agências de rating.
Lili vende marca Cascais
Cascais tem um valor incomensurável enquanto produto turístico e é a marca que será vendida por Lili Caneças.
Para aquela figura pública, “Cascais tem um céu azul como não há em mais nenhum lugar, um mar estupendo e lindo, com um peixe óptimo, e não há ninguém que fique indiferente quando a visita pela primeira vez”.
Para Lili Caneças, Cascais podia ter entre os seus habitantes as pessoas mais interessantes do mundo.

Medina Carreira o "Profeta da Desgraça"

Enquanto foi alertando para o que aí vinha, muitos chamaram-lhe o "profeta da desgraça", chegados aqui pergunta-se onde estarão aqueles que o baptizaram com esse nome.

Ontem em entrevista a Judite de Sousa, na qual falou do Orçamento e da actual conjuntura, perguntou-se onde andariam eles, ora veja!

18.10.11

Lá está o PPM!

É por estas e por outras que por vezes sentia a falta do ABC do PPM, é que ele tem um bom poder de síntese.

Aqui está!


Afinal que deduções no IRS

O social-democrata Tiago Sousa Dias levanta uma questão pertinente a propósito dos limites de deduções possíveis em sede de IRS e de acordo com o que se inscreve no Orçamento de Estado. Vejamos:

Alguém me sabe responder a isto (?):- Os limites progressivos de deduções à colecta são feitos por escalões ou em absoluto? Ou seja, quem tem um rendimento de 66045€ não deduz absolutamente nada ou deduz: até aos €7.410 sem limite; dos € 7410 aos € 18375, € 1250; dos € 18375 aos € 42259, até € 1200;dos €42259 aos € 61244, € 1150; e dos € 61244 aos € 66045, 1100?
A diferença na resposta está em violar a progressividade dos impostos ou na má interpretação da lei, pois assim sendo um contribuinte com um rendimento de € 66.045,00 ano pode deduzir até € 7410 + € 1250 + € 1200 + € 1150 + € 1100.
Ou seja, € 12.110,00.
Constitucionalmente só pode ser assim pois caso contrário violaria a progressividade do imposto uma vez que (exemplo) um contribuinte que aufira € 66044 pagará menos € 1100 de imposto do que um contribuinte que aufira de rendimento € 1,00 a mais
”.

Muito bem, João Almeida!

Depois do post que escrevi esta manhã, no qual dizia ser uma vergonha que os antigos detentores de cargos políticos ficavam isentos destas severas medidas que todos, em especial os funcionários públicos, estaremos sujeitos em 2012, João Almeida, Deputado do CDS/PP, agiu e bem esta manhã na Assembleia da República contra esta situação.

É que era só o que faltava!

Muitas explicações de fora do orçamento

Vítor Gaspar, ministro da Finanças demonstra o seu lado iminentemente técnico, frieza em demasia e algumas justificações contraditórias para que o maior esforço da austeridade recaia sobre a função pública e quem exerce cargos públicos, como o facto dos funcionários públicos serem mais difíceis de despedir. Nada mais falso: os trabalhadores a tempo indeterminado também se incluem num mapa de pessoal que tem de ser, obrigatoriamente, aprovado anualmente. Assim sendo, bastará uma alteração da designação do serviço para que a situação laboral do funcionário se altere. Seria de bom-tom que o ministro das Finanças cuide destes detalhes técnicos, sob pena de se confundir com alguns dos seus antecessores que fizeram da Lei ‘letra morta’ e de espelhar um registo que não foi o que apreendeu, certamente, enquanto andou nos bancos da escola.
Na apresentação das linhas orientadoras do Orçamento Geral do Estado para 2012, Vítor Gaspar também não esclareceu:
A verdadeira dimensão da divida pública;
Da despesa prevista para 2012;
Do efeito da divida privada sobre as contas do Estado;
Do futuro do sector empresarial do Estado, institutos públicos, fundações e outros organismos;
Do que pensa sobre algumas das maiores empresas portuguesas terem domicílio fiscal fora do País;
As razões que mantêm a banca num patamar contributivo inferior.
Pensões dos antigos políticos fora da austeridade
O documento mostra também que a maioria dos antigos titulares de cargos políticos ficará isenta do esforço especial adicional em sede de medidas de austeridade, nos seus subsídios vitalícios: é que a proposta de lei do Orçamento do Estado, apenas prevê ficar com o 13º e o 14º mês das subvenções. Por isso a medida não terá nenhum alcance para as subvenções vitalícias dos antigos políticos que apenas as recebem por 12 vezes em cada ano. Também não se vislumbra nenhuma medida que reduza estas mensalidades em 10% tal qual já sucede com os restantes funcionários públicos. Convêm assinalar que estes subsídios são pagos aos ex-políticos que exercem outras profissões. A medida revela-se incompreensível: deixa de fora a antiga classe política num momento em se pede austeridade a todos os pensionistas que auferem mensalidades acima dos 485 euros. Provavelmente a maioria dos eleitores que acreditaram neste governo aguardavam por uma verdadeira equidade na distribuição do esforço para debelar a crise profunda em que o País se encontra mergulhado.
Cortes nos subsídios são de 112,5% ou 111%
Por explicar está o mecanismo utilizado para retirar os subsídios de Férias e de Natal de 2012 e 2013. Aparentemente far-se-ão pela mesma via da redução que irá ser operada ainda este ano: por força da aplicação extraordinária de uma taxa de IRS.
Significa isto que ao processar o vencimento, aplicam-lhe uma taxa de 100% de IRS e ainda processarão o abatimento de 11% para a CGA, Caixa Geral de Aposentações e 1,5% para ADSE (ou só 11% TSU para quem não tem ADSE e CGA)...
Assim, ao invés de um abatimento de 100% estaremos na presença de um abatimento de 112,5% ou 111%.
A visão de André Macedo
De qualquer modo, registo o editorial de ‘Dinheiro Vivo’, do Jornal de Notícias, da autoria de André Macedo que em poucas linhas nos permite uma visão do Orçamento para 2012 e da orientação do próprio governo.
Vítor Gaspar começou a apresentação do Orçamento do Estado com um agradecimento aos técnicos que prepararam o documento. Interessante este ministro das Finanças: agradece aos técnicos - como ele - e é incapaz de oferecer uma palavra aos pensionistas e aos funcionários públicos que vão perder até quase 25% dos rendimentos em 2012 e 2013.
Não se pretendia que o ministro fizesse um discurso falsamente sofrido, bastava uma explicação em que reconhecesse o peso brutal do sacrifício numa parte da população, enquanto a outra (a privada e no activo) é poupada, em grande medida, a este esforço. Só esse reconhecimento já teria sido um bom sinal.
Este Orçamento, apesar de incorporar um pacote de medidas históricas para equilibrar as despesas públicas às receitas (e, nesse sentido, é muito bem-vindo), mexe com um ponto sensível do País: a solidariedade entre as pessoas. Penalizar pensionistas e funcionários públicos não é uma escolha técnica, é uma opção política e económica da maior importância que deve ser explicada e, por isso, assumida para que seja avaliada por todos e votada no Parlamento. Até agora, o que foi dito por Vítor Gaspar é politicamente insuficiente. E o que foi dito por Passos Coelho é, para já, tecnicamente inconsistente.
Na entrevista de ontem à RTP1, Gaspar chegou a dizer que a distribuição dos sacrifícios vai ser equitativa. Como é possível dizer isto? Ética e aritmeticamente é errado. Onde quero chegar? Que a redução do Estado não é apenas uma urgência. Há aqui uma escolha que podemos ou não aceitar por inteiro. Mas para saber se este é o caminho certo ou inevitável, o Governo tem a obrigação de deixar claro que país tem em mente, quais as funções do Estado que vai manter e quais as que pretende extinguir. Até agora não o disse, limitou-se a cortar, como o anterior se limitou a gastar
”.
José Maria Pignatelli

Vangelis - Conquest of paradise

A ser verdade, é uma VERGONHA.

Era só o que faltava, não é que sejam todos e destesto generalizações, mas a classe mais responsável pelo estado em que estamos ficar imune a este sacríficio, não é mais que uma enorme VERGONHA.

Ele há coisas!

Hoje há hora do almoço telefonou-me um amigo que é funcionário público, esteve meia-hora a dizer-me que estava a ser vitima de uma enorme injustiça, não só porque lhe estavam a "limpar" o subsidio de férias e o de Natal, mas porque não faziam o mesmo aos privados.

Disse-lhe que estava enganado, aos que trabalham no sector privado já o andam a fazer há muito, não só nas reduções de vencimentos, como nos despedimentos, a qual teria sido uma alternativa possível ao Ministro das Finanças só que com muito mais custos sociais.

Fui rebatendo, ele embora me fosse dando razão aqui e ali, só ficou convencido o quanto baste e é se ficou!

Telefonou-me há pouco (depois do jantar) a dizer que ia comprar uma motoreta igual à minha para andar em Lisboa e assim poupar uns euritos. Disse-lhe que fazia muito bem, até porque eu já o tinha feito há mais de dez anos e que precisamente hoje o meu filho, para não pagar passe, começou a ir de bicicleta para a escola.

Ficou de tal foram surpreendido que não queria acreditar, mas quando acabou por perceber que era verdade, percebeu finalmente o que eu lhe tinha dito ao inicio da tarde.


Também estou indignado!

1) Porque já o estou há muito tempo;

2) Porque, tal com o Filipe, estou indignado com os indignados, porque os indignados já deviam estar indignados há muito tempo;

3) Porque, tal como o Pedro, estou indignado, pois entendo que há limites para tudo e isto é inadmissível.

17.10.11

Vinhais - Festa da Castanha.

 

Faurecia fecha pintura e vai despedir funcionários

Em Palmela, no parque Auto Europa.



Aguardam-se despedimentos na Faurecia, uma das maiores fornecedoras da fábrica da Volkswagen de Palmela e que se encontra instalada no parque da Auto Europa. A empresa vai encerrar a sua linha de pintura e posteriormente demolir aquele sector da fábrica.
A Faurecia produz vários componentes para o modelo EOS, principalmente os PVC injectados para tablier e forras das portas e faz os seus acabamentos.
Em Palmela, a empresa também fábrica componentes para outros construtores automóveis, nomeadamente para a francesa Citroen, aqui sobretudo elementos exteriores como pára-choques, desde a sua injecção ao acabamento e mesmo a pintura. E é precisamente este o sector que vai encerrar e posteriormente ser demolido. Esta decisão já foi comunicada aos trabalhadores e prende-se com o facto de a Faurecia não pretender actualizar esta linha de pintura em Portugal.
Recorde-se que as novas directrizes sobre protecção ambiental obrigam a trocar as tintas sintéticas por tintas de água na indústria automóvel o que aliás já se encontra em prática quase global. A Faurecia optou por não fazer essa alteração na fábrica que detêm em Portugal e fazê-lo em outras unidades que possui. A empresa tem mais de 230 unidades de produção em mais de 30 países, representa 49% do fabrico mundial de bancos para automóveis, 24% de peças interiores, principalmente tabliers, interiores de portas e chapeleiras, e quase 20% dos conjuntos completos para emissões de escape. A Faurecia fornece mais de 50% das marcas automóveis que se conhecem.
Persiste, portanto, a ideia de tão importante que é o governo conhecer a realidade do sector industrial exportador para que possa encontrar um quadro de incentivos mais cirúrgicos para cada ramo, ao invés de generalizar as linhas orientadoras que podem não se traduzir em quaisquer resultados práticos - exemplo do trabalho suplementar de meia hora diária sem se saber se a procura aumenta relativamente à produção que se espera crescer. Impõe-se vender externamente o melhor que se faz, desde os produtos agrícolas aos mais tecnológicos.

Atracção, Paixão e Amor

À luz da psicologia
O desconhecimento das “coisas” do amor contribui fortemente para a frustração e infelicidade fazendo com que muitos se refugiem atrás do argumento de que não se querem envolver pois apaixonam-se sempre pelas pessoas erradas.
Mas a verdade é que todos nós desejamos amar e ser amados (mesmo que a alguns custe admitir!). Uns têm bastante medo e vão procurando estratagemas, como por exemplo envolver-se com uma pessoa casada, servindo tal facto de uma “óptima” desculpa para não avançar, pois afinal de contas a pessoa é casada, tem filhos e não os irá "prejudicar". E assim, vão enganando e mascarando a necessidade de afecto que tanto precisamos, bem como não correm o risco de se confrontar com a ideia de que não são boas pessoas o suficiente para a outra pessoa. Portanto, não se reformulam em função de estar num relacionamento, nem o permitem à outra pessoa.
Ninguém se apaixona pela mulher ou homem errado. A verdadeira questão é de que não se sabem apaixonar. E porquê? Porque confundem a atracção e o desejo com o amor ficando reféns das suas próprias crenças.
As atracções são bastantes comuns. Atracções temos por muitas pessoas ao longo da vida, paixões também são algumas e numa dessas paixões iremos conhecer mais e melhor determinada pessoa, podendo evoluir ou não para a etapa seguinte, o amor. E entender este processo permite que quando a outra pessoa não quer e nos mostra isso, o nosso cérebro descodifique essa mensagem e começa a desligar-se, com o menor sofrimento possível.
É então fundamental saber amar para não ficarmos presos na paixão (a qual é boa, mas não para todo o sempre) pois desejamos tanto, temos tanta necessidade de uma relação, que acaba a paixão e não sabemos fechar a porta com receio de perder aqueles pobres rascunhos de bem-estar permitidos por tal relação. Mas a realidade é que muitas vezes já acabou e até sabemos que acabou mas não queremos largar, não sabemos que se pode construir um novo caminho para um novo relacionamento, não somos capazes de nos pensarmos no futuro devido ao desconforto do presente.

Mauro Paulino
www.mauropaulino.com

Finalmente a entrevista de Vítor Bento.

Vítor Bento
Na passada sexta-feira escrevi aqui no blogue que tinha visto uma excelente explicação sobre a actual situação do País e a razão deste Orçamento de Estado para 2012. Hoje descobri a entrevista na integra, clique aqui e veja com atenção, vale a pena!

A minha homenagem a um HOMEM.


Ao ter tido conhecimento que a noite passada, na Pontinha, um Homem, com o intuito de ajudar um outro a defender-se do ataque que estava ser alvo por parte de três bandidos, foi morto, não posso deixar de prestar aqui, a Ele e aos seus, a minha singela homenagem.

Bem-haja!

16.10.11

Satisfaz-me!!!

D.Dinis e St.ª Isabel
Esta foi a forma como em Fevereiro de 2006 acabei um texto que foi publicado no Diário de Odivelas, na altura ainda o "Coisas da Pontinha". Apesar do tempo que passou, quase 6 anos, definitivamente estou satisfeito que hoje, em muito derivado do extraordinário  trabalho feito pelo Pensar Odivelas, não só nas comemorações deste seu aniversário, como também aquando do Projecto do Comércio Local e da Petição para a abertura do Mosteiro, todo o Concelho esteja a falar, a divulgar e a valorizar D. Dinis.

Continuemos ....

Celebrações dos 750 anos de D. Dinis com as vozes fantásticas de Staccato Ensemble




A Tertúlia “D. Dinis e Santa Isabel” teve casa cheia e permitiu assistir à actuação brilhante de Staccato Ensemble, o mais recente octeto vocal português. Foi o segundo acontecimento do Mês de D. Dinis que integra as celebrações dos 750 anos do nascimento do monarca - organizado pelo grupo 'Pensar Odivelas' - e que serviu também para inaugurar a Colorize, em Odivelas, que integra o espaço cultural Arnaldo Dias e um centro de formação multimédia com particular destaque para o 3D.
Ao contrário da Conferência “D. Dinis – o seu Reinado e Legado”, o debate debruçou-se mais sobre a vida da Rainha Santa Isabel e a sua influência na sociedade, bem como as suas origens para que se possa entender o sentido da sua magistratura. Ainda que mais superficialmente, procurou-se ver este reinado à luz da Idade Média, ao invés do que habitualmente sucede quando se fala de D. Dinis ao transportá-lo para a actualidade.
O desempenho de elevadíssima qualidade de Staccato Ensemble, do melhor que se pode ouvir no canto à capella, ficará na memória de todos os que assistiram ao evento e a promessa que são um octeto a seguir com a maior atenção.

15.10.11

O regresso do PPM.

Depois de ter estado uns tempos ausente, reparei que o meu amigo P.P.M. (Paulo Pinto Mascarenhas) voltou ao activo com o seu ABC.

Tem razão.

O Rodrigo Moita de Deus tem razão, não precisam de prender os governantes responsáveis por tudo isto, basta que eles devolvam o dinheiro.

Leonard Cohen não pára e

aos 77 anos prepara um novo álbum, fantástico!


Explicação de Vítor Bento.

A explicação de Vítor Bento no Jornal das 8, da TVI, no dia 14, sobre a situação em que Portugal se encontra e a possível forma de sair dela, são as mais claras e fáceis de entender que assisti até hoje. Não as publico agora porque a filmagem ainda não está disponível no site da TVI, mas aconselho todos os que não tiveram a possibilidade de assistir a essa intervenção, que estejam atentos e que tentem visualizar.

Para ir à TVI basta clicar aqui. Se não encontrar, tente mais tarde.

14.10.11

Nuno Magalhães tocou no ponto.

Apesar ainda não ter visto, nem tão pouco ouvido a intervenção de Nuno Magalhães esta manhã no Parlamento, a verdade é que já algumas pessoas me falaram nela com bastante agrado. Agora ao ver este artigo sobre o seu discurso, vejo com agrado que tocou exactamente no mesmo ponto que eu: a justiça, a responsabilização e a moralização.

Oxalá, uma vez que está no Parlamento, faça tudo para que não se esqueçam e que o Governo não hesite um segundo em responsabilizar os culpados por todo este caos, não fazer isso, é mais que brincar com os portugueses, é humilhá-los.