8.8.11

“ To Make Ends Meet”












Actualmente vivemos um clima de contenção mais ou menos generalizado para uns, outros com grandes dificuldades económicas que os obrigam a rigorosos exercícios de contorcionismo para que o ordenado estique até ao fim do mês, e ainda outros que são muitos, que simplesmente não sabem o que fazer!

È também certo que, destes últimos grande percentagem reside nas cidades o que dificulta o acesso a alguma agricultura de subsistência que permita, como dizem os ingleses: “To Make ends Meet” (1), isto é, que vá colmatando pelo menos as necessidades básicas, destas pessoas. Assim, nesta impossibilidade, solicitam-se apoios junto das instituições a operar no terreno que de facto, tentam de alguma forma suprir as necessidades básicas de quem pouco ou nada tem!


Ainda assim não nos esquecemos que, tanto as intuições no nosso País, como o Banco Alimentar Contra a Fome, desempenham um papel essencial nesta conjuntura desfavorável, e é de louvar os milagres que fazem com os recursos que dispõem!
Pelo respeito aos que verdadeiramente necessitam bem como a quem se dá voluntariamente aos outros, e são muitos, não posso de forma alguma fechar os olhos a algum tipo de pessoas, que vivendo da ajuda de terceiros e da boa vontade de quem se dedica a este trabalho não remunerado, esbanjem o pouco dinheiro que têm de forma desregrada e sem qualquer tipo de vergonha, deslocando-se de táxi aos sítios de recolha de alimentos com dois ou três telemóveis de gama alta e ainda com um cigarro ao canto da boca, passando as tardes no café das esquina a lamuriarem-se ainda do pouco dinheiro que recebem do Estado!

Infelizmente os profissionais da pedincha não necessitada proliferam, e tais ajudas necessitam de uma aferição constante e permanente, que a nível das IPSS’S ou instituições equiparadas, nem sempre se coaduna com os meios disponíveis nomeadamente efectuar visitas sistemáticas ao seio de cada família a quem prestam apoio por forma a atestar das reais necessidades prementes destas pessoas.

Por todas estas razões sou uma grande defensora das instituições de carácter social pelo excelente trabalho que desenvolvem no nosso País. No entanto em face do elevado número de “falsos pobres”, porque alguns são de facto, e da dificuldade que existe em alocar pessoas que efectuem um trabalho rigoroso de acompanhamento às famílias, porque se tratam sobretudo de voluntários que exercem este trabalho fora de horas roubando o seu próprio tempo familiar para o fazer, também defendo a introdução em paralelo e de certa forma até um pouco pedagógica para ambas as partes, a acção de: “Família apoia Família”. Será talvez um conceito novo, mas se calhar seria interessante e importante reflectirmos sobre isso… Tendo presente que as carências irão ser provavelmente cada vez maiores abrangendo e afectando cada vez mais pessoas.





(1) To make (both) ends meet é uma expressão bastante comum, principalmente em discussões sobre as dificuldades da vida moderna de se conseguir chegar ao fim do mês com as contas pagas e sem dívidas. A palavra ends aqui refere-se aos números finais que “batem”, meet, no balancete. To make (both) ends meet significa ter apenas o dinheiro suficiente para comprar as coisas essenciais ou viver de acordo com sua renda.

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