21.10.10

A «COISA» PÚBLICA

Encontrando-nos, neste momento, numa fase de negociações, entre os dois maiores partidos, para aprovação do Orçamento de Estado (OE), não poderia deixar de falar, sobre a despesa que representa os funcionários públicos e a sua participação para o enriquecimento do País.
Não quero falar sobre o tema, por falar, mas...
Criou-se o hábito, bem ou mal, de que os funcionários públicos seriam trabalhadores, que ganhavam acima do que produziam e que se encontravam, bastante mais bem pagos, do que no sector privado.
Fui crítico, em relação às chefias, que seriam as principais responsáveis pela não produtividade dos seus trabalhadores, mas...
Fazendo uma avaliação, entre os funcionários públicos e os privados, verificamos que a produtividade entre os mesmos, é muito diferenciada, perdendo claramente, para o lado dos funcionários públicos.
A «coisa» pública, não é pertença de ninguém e é de todos, mas... o contribuinte que arque com os prejuízos.
Como em todo o lado, existem bons e maus funcionários, só que, existe uma pequena/grande diferença. Se o trabalhador privado, não é produtivo, poderá correr o risco de ser despedido e o funcionário público... não!
Queixam-se os funcionários públicos que ganham mal! Então, porque não procuram um emprego onde os vencimentos, se coadunem mais com o valor que acham que merecem?
Pois, é fácil falar, não têm o risco! Não têm a incerteza!
Sabem que a dia 20 ou 21, trabalhem ou não, a sua remuneração encontra-se paga.
Mas, esquecem-se de um dado muito importante, é que a «coisa» pública, também faz parte do seu «estado» como portugueses que são.
Concluindo, acho que a culpa, não será só das chefias, mas também, e por demérito próprio dos funcionários públicos, pois falta-lhes aquilo que também é importante num trabalhador, o brio, o profissionalismo.
Os salários, bem ou mal pagos, são aqueles que eles aceitaram, para cumprir e produzir determinada tarefa, se não são de acordo, só têm de fazer uma coisa... despedir-se e não fingir que trabalham e não produzir.
Ficam chocados, quando são apelidados de maus trabalhadores, mas... procuram cumprir horários? Procuram estar no seu local de trabalho o máximo de tempo, procurando aumentar a produtividade?
E poderia enumerar n actos de maus hábitos existentes, dentro da Função Pública.
Por isto e por outras, temos o Estado e o Despesa Pública, que temos e os serviços que acabamos todos por merecer...

Somos uma sociedade mesmo muito fraaaquiiinhaaa...

José Carlos Correia

1 comentário:

Madalena Varela disse...

Parabéns José Carlos Correia! Aqui está um texto no qual o cerne da questão é abordado de forma sublime! Um abraço.