23.5.10

Um aviso para memória futura.


Eles tinham razão, mas infelizmente eu também a tinha, em 2008 no Informalidades, aquando da descida da taxa do IVA para 20%, tive a oportunidade de afirmar que essa medida era um autentico disparate, não passava da primeira medida com carácter eleitoralista e que ninguém ganhava nada com isso, só o estado é que perdia.

Também, em Setembro do ano passado, nas vésperas das eleições legislativas, não só no Informalidades, como também aqui no blogue, alertei para o perigo do aumento exponencial divida externa.

Os resultados destes e de outros disparates, como por exemplo, o da isenção de pagamentos em algumas auto-estradas, estão à vista. Pior do que isso, vão tocar mais uma vez e de que forma nos bolsos de todos nós.

Contudo, para memória futura deixo aqui mais um aviso, espero não vir a ter razão, mas ...

No passado dia 13 de Maio, oportunisticamente, tal como já frisei, este governo socialista, liderado por José Sócrates, aumentou indiscriminadamente os impostos (IRS, IRC e IVA). Fê-lo dando a ideia de que seria uma medida temporária para controlar o endividamento nacional.

Ora, aqui é que está mais uma mentira, não é com este aumento de impostos e por conseguinte, de receitas para o Estado à conta de todos nós, que se resolve esta situação. Esta situação só se conseguirá resolver se houver capacidade de reduzir a despesa e simultâneamente aumentar a produção nacional, quer este seja para fomentar as exportações, quer seja para diminuir as importações.

Vejamos se este binómio não se alterar, se não for possível que as receitas sejam superiores à despesa a divida nunca deixará de subir e assim sendo os impostos nunca voltarão a baixar, bem pelo contrário, caso contrário a divida disparará de novo.

Por outro lado também é incompreensível a teimosia do governo em avançar neste momento com as grandes obras publicas, não só porque elas vão requerer mais financiamentos externos, os quais, como é óbvio, vão inflacionar os números do endividamento nacional, como vão potenciar projectos que terão contas de exploração negativas e por isso mesmo agravarão o deficit do estado ano, após ano.

A continuar assim, aproximamo-nos a passos largos do abismo.

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