30.12.05

ANO NOVO, VIDA NOVA.

Vai começar um ano novo e muito dizem, ano novo, vida nova; outros, mais descrentes, dizem que nada vai mudar.

Esta minha mensagem vai para ambos:

- para os mais cépticos, digo que vale sempre a pena ter esperança e tentar, não lutar pelo que queremos e por aquilo em que acreditamos é o pior que podemos fazer. Para dar mais ênfase ao que digo, coloco aqui, se calhar abusivamente, um texto que li ontem á noite em - Não Há Soluções , Há Caminhos:
“Vale a pena pensar nisto a sério: o mundo não muda se eu não mudar. Se cada um de nós não melhorar, o mundo também não melhora. E nós podemos fazer a diferença, se quisermos. É fácil ver as injustiças no mundo e gritar contra elas, mas tudo passa pela minha e pela tua vontade de lutar por um mundo mais justo e mais fraterno”

- para os que estão esperançados, com o espirito e vontade de darem uma volta na vida, chamo a atenção para a necessidade de terem que estar permanentemente atentos, para não correrem o risco de desistirem ou ficarem a meio do caminho, sem se darem conta.

Digo isto porque muitas vezes as coisas não nos correm como queremos, porque ás vezes se levantam várias dificuldades que não nos fazem sentido e muitas vezes, por essa razão, corremos o risco de nos deixar influenciar pelo desanimo que se vai apoderando de nós, e, sem que nos apercebamos, desistimos.

Temos que estar atentos a estes sinais, para, no mínimo, termos sempre o discernimento necessário de saber se vale pena desistir, ou, por outro lado, se vale a pena continuar.

Quer para uma opção (continuar), como para a outra (desistir), em ambas é preciso ter coragem. O que não pode acontecer, porque isso é que é perigoso, é desistirmos sem nos apercebermos disso, porque se desistirmos conscientemente, estamos mais próximos de começar outra vez, até, possivelmente de outra forma.

Este é para mim muitas vezes o factor que nos impede de fazer uma mudança séria e definitiva nas nossas vidas.

29.12.05

2006 – É difícil, mas pode ser a hora de encontrar Um Rumo para Portugal.

Vamos entrar num novo ano, 2006, o qual todos os especialistas na área económica prevêem que não traga nade de bom, pelo contrário todos eles desde já o pintam bastante negro.

Presumo que à semelhança da grande maioria dos portugueses estou a ficar farto destes anos ditos maus, já vamos no sexto ou sétimo, os governos mudam, os ministros mudam e tudo continua na mesma, sem que se veja a luz ao fundo do túnel.

Pior, todos têm falado e continuam a falar da crise económica, do déficit, do desemprego, etc., etc., mas ninguém vai, quanto a mim, ao centro da questão e à origem do problema.

Na minha modesta opinião o grande problema de Portugal reside numa grande CRISE DE VALORES E DE REFERENCIAS que se instalou e que tem como principais responsáveis, a generalidade da classe política que tomou conta dos órgãos de soberania e a de comunicação social existente.


Vejamos os exemplos e o ênfase com que nos são mostrados nas televisões, nos jornais, na rádio, diariamente e a toda a hora, de desgraças, de falta de seriedade, de promiscuidade, de falta de respeito, de falta de justiça, de falta de seriedade, do espertalhão que se safa bem, etc., etc.; assim como dos exemplos provenientes da classe política, em que um dia dizem uma coisa, no outro dia, com o mesmo à vontade dizem outra completamente distinta que, prometem e não cumprem.

Ora, com exemplos destes, os quais ainda por cima, por vezes, garantem sucessos pessoais, como é que se pode recuperar economicamente um país, quando a desconfiança está instalada e é generalizada?

Como é que algum empresário vai negociar com estado sabendo de ante-mão que os prazos de pagamento não são cumpridos(?); como é que alguma pequena ou média empresa, ou algum empresário em nome individual que trabalhe com o estado se pode comprometer com o quer que seja(?); como é que alguém pode acreditar no quer que seja, se a justiça não funciona (?); como é que é possível, com tudo isto e mais alguma coisa, criar relações de confiança entre todos os agentes económicos(?); como é que se sai de uma crise económica, se não houver confiança entre os agentes? COMO???

É IMPOSSIVEL.

Pelo que acima escrevi penso que é altura de meditarmos e fazermos toda a gente meditar neste ponto. Se o conseguirmos fazer, no ano que agora vai começar, penso que então poderemos encontrar UM RUMO para inverter esta tendência e que aí sim todos podemos aspirar a ter uma VIDA MELHHOR.

Desejo a todos um Bom Ano de 2006.

27.12.05

PEIXES


http://kikaxara.blogspot.com

Esta foi a mensagem que a RTP cortou a meio no dia 24 de Dezembro

No passado dia 24 de Dezembro a RTP cortou a meio a mensagem de Natal do Sr. CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA, D. JOSÉ DA CRUZ POLICARPO .

Assim poderá lê-la em :
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia.asp?noticiaid=26773.

A questões que ficam no ar são as seguintes:
1- Porque é que a cortaram ?
2- Alguém não estava a gostar ?
3 - Quem mandou cortar ?
4 - Se foi uma falha técnica porque é que não a repetiram ?

26.12.05

Porquê este gajo anda aqui a escrever estas coisas todas?

Não por estratégia, mas por falta de tempo, embora já tivesse uns textos alinhavados à mão, alguns ou partes até já aqui estão, sinto que para ser claro e transparente os devo colocar aqui de forma ordenada, para que toda a gente perceba as minhas motivações e objectivos.

Nesta primeira fase este blog pretende ser um local de reflexão, no sentido de nos ajudar a construir Um Rumo, para que todos possamos aspirar no mínimo, a deixar para o nossos filhos, a possibilidade de terem uma Vida Melhor.

Um Rumo (Uma Vida Melhor) – Porque me meti nisto?

Uma vida estável, tanto do ponto de vista afectivo e familiar, como económico e profissional foram factores determinantes para que há pouco tempo tenha sentido a necessidade de começar a intervir no sentido de contribuir para que mais pessoas possam usufruir de uma vida melhor. Contribuíram também de forma decisiva para este facto a influencia dos meus pais, sobretudo da generosidade da minha mãe, na educação que recebi, assim como o facto de ser pai e não crer deixar aos meus filhos um país no estado em que parece que Portugal esta a cair.

Estou ainda a intervir porque:

1ª) Porque penso que nasceu comigo, se não nasceu cedo se manifestou o gosto pela acção e por novos projectos; sinto que sou capaz, tenho força e capacidade para levar este em frente;

2ª) Porque há muita coisa neste mundo e em Portugal que me incomodam - a pobreza, a discriminação, exclusão social, desigualdade de oportunidades, falta de solidariedade, injustiça, criminalidade, arrogância, vaidade, egoísmo, luxuria, gula, corrupção, etc., etc.;

3ª) Porque sou um privilegiado – sou da opinião que a felicidade e a sorte não caiem do céu aos trambolhões, procuram-se, luta-se por elas, sempre lutei e sempre me esforcei por as ter, mas há tantos, tantos, que também se esforçam, lutam e “parece” que não a conseguem ter.

4ª) Porque tenho umas “dividas” - estou certo que embora tenha lutado por ter sorte e por ser feliz sempre fui protegido por Maria, Nossa Senhora, Mãe de Jesus Cristo. Não esqueço, nem os portugueses devem esquecer que Maria apareceu em Fátima, em Portugal e que foi aqui que deu um grande sinal para o mundo “encarregando-nos a nós” de o divulgar.

5º) Papa João Paulo II – Porque tive o privilégio de ter vivido grande parte da minha durante o pontificado deste Papa, ele que foi sem duvidada a maior personagem do séc. XX e umas das maiores da história da humanidade, foi e é para mim uma referencia. Faço votos para que o mundo não esqueça a sua mensagem.

6º) “Eles” fazem, e nós deixamos. Basta e Chega. Porque há em mim um sentimento qualquer, o qual penso que é transversal á grande maioria da sociedade portuguesa e que nos faz dizer “eles” fazem, a culpa é “deles”, são sempre os “mesmos”, só pensam “neles” e penso que já chega. Penso que chega, chega de atirar a culpa para cima dos outros e de me aliar das minhas responsabilidades. Chegou a hora de gritar bem alto basta, é isso que comecei a tentar fazer.

Um Rumo (Uma Vida Melhor) – O que fazer?

Quando senti esta necessidade de intervir logo se me colocaram várias questões, o porquê de eu sentir esta necessidade, o que fazer e como fazer.

No inicio desta minha atitude muita coisa e muitas ideias começaram a passar pela minha cabeça de forma desarrumada, por isso, quanto mais pensava, mais baralhado me sentia, tive aí a necessidade colocar tudo por escrito.

Em primeiro lugar tive que perceber de forma clara o porquê desta necessidade, ao que atrás já respondi, em segundo lugar o que fazer.

Quando se me levantou esta questão (o que fazer para termos uma vida melhor) tive que fazer uma análise da situação e foi aí que cheguei à conclusão de que o principal problema que estamos a atravessar não é económico, mas sim uma grande crise de valores e de referencias. É esta crise de valores que está na origem da crise económica, sem valores, sem referencias, sem regras e sem justiça não há economia que resista, senão vejamos:

Vida Melhor, é uma expressão tão simples, mas ao mesmo tempo tão complexa, sobretudo se olharmos para a realidade que nos rodeia.Exemplos de pobreza, discriminação, exclusão, desigualdade de oportunidades, falta de solidariedade, injustiça, criminalidade, arrogância, vaidade, egoísmo, luxuria, gula, corrupção, etc., etc., não faltam à nossa volta, é só sairmos à rua e/ou ligarmos a televisão e/ou a rádio. Às vezes pergunto a mim mesmo, será assim tão difícil mudar esta realidade, ou será muito mais fácil do que aquilo que todos nós pensamos?Não discuto que por ventura haja questões complexas e de difícil resolução, há com toda a certeza.
São medidas que se podem querer tomar e que não têm 100% de sucesso garantido, que podem ter riscos e que por isso mesmo são no mínimo discutíveis, que podem ser melindrosas para certas pessoas e até que podem ir contra interesses instalados; mas outras há que podem ser tomadas, muito simples por sinal e que todos, ou quase todos as aprovam, são as medidas de bom-senso.
Estou plenamente convencido que começando por medidas simples, de bom senso, podemos entrar no bom caminho, em busca de uma vida melhor, para isso antes de mais nada precisamos de delinear UM RUMO .

Nesse rumo temos que ter sempre presentes a VIDA, a FAMÍLIA, a INSTRUÇÃO e VALORES.

Paradoxalmente, parece-me que esta crise de valores, não é tanto individual, mas sobretudo colectiva.
Individualmente penso que os portugueses são pessoas com bons valores e bem formados, no entanto, por vezes não se comportam de acordo com os mesmos, ou por outras palavras não exercem na prática aquilo que sabem na teoria e por outro lado, não percebo bem o porquê, mas colectivamente parece que Portugal anda de costas voltadas para os valores, parece que o país é um e as pessoa são outras.

Tendo em conta esta interpretação, a qual já debati e conversei com muitas pessoas, penso para mim que é necessário sensibilizar as pessoas para este facto.

Traçar “Um Rumo”, em busca de uma Vida Melhor, tendo sempre como referencias a Vida, a Família, a Instrução e os Valores parece-me a grande solução.

Um Rumo (Uma Vida Melhor) - Como actuar?

- Contribuir e aprofundar a reflexão sobre este assunto, pois embora possa parecer um tema fácil à primeira vista, não o é, é muito complexo;

- Sensibilizar as pessoas para este assunto, através de diversas acções.


- Dando alguns exemplos práticos de que é possível.

Um Rumo (Uma Vida Melhor) - Onde actuar?

Inicialmente e porque não há possibilidade alguma de dispersão, por razões que estão relacionadas, com a falta de tempo, de recursos humanos e financeiros, vou-me concentrar no Concelho de Odivelas que é a minha terra.

Aqui vou tentar chegar a toda a sociedade civil, independente da idade, do sexo, da raça, da religião, da cultura, da origem, etc. e a toda classe política.

Um Rumo (Uma Vida Melhor) – Que dificuldades?

Pouca disponibilidade de tempo, de recursos humanos e financeiros.

24.12.05

CARAVELA

Esclarecimento a ... (in: pontinha.coisas.info)

Sábado-feira, 24 de Dezembro de 2005
Sr. Fernando Monteiro;

Li também com atenção a sua resposta ao meu texto.

Vejo que não divergimos no essencial. Eu também defendo que o que se deve fazer é ensinar a pescar e até dar a cana; esse é que deve ser o objectivo. Também registo que não rejeita nada do que seja feito para ajudar a minorar as dificuldades, por vezes enormes, que muitas e muitas pessoas infelizmente têm.

Onde parece que divergimos, é exactamente no termo empregue "caridadezinha", caso esteja a ser usado de forma pejorativa, ou mesmo minimalista.

Divergimos neste ponto porque eu sou da opinião que as pessoas envolvidas nestas acções, grande parte delas de forma voluntária, fazem um enorme trabalho não só no sentido de minimizar o sofrimento de tantas e tantas pessoas, como também em muitos casos no sentido de os salvar para a vida, tirando-os de situações complicadas "ensinando-as a pescar e dando-lhes as canas", trabalho esse que o estado se demite de o fazer.
Ao falar destes grupos de pessoas estou-me a lembrar daqueles que sem qualquer interesse financeiro dão apoio nos hospitais, nas prisões, nos bairros degradados, a crianças abandonadas e vitimas de violência, à terceira idade, a deficientes, a acamados, aos "sem abrigo", etc., etc.

Um dos exemplos que conheço, é precisamente o de uma associação que dá apoio aos "Sem Abrigo", os quais refere no seu texto como "Ruas Augustas ...". Por a conhecer digo-lhe que faz precisamente o que infelizmente tem que ser feito; apoia-os na rua ao mesmo tempo que os tenta convencer (não podem ser obrigados) a integrar os centros de desintoxicação e reabilitação que também possuem (três). Com esta actividade tem conseguido minimizar o sofrimento de muitos milhares de pessoas que vivem na rua e salvo muitos deles, dando-lhes condições para que voltem a ter uma vida com dignidade.

Para mim tudo o que seja salvar uma vida, dar ou restabelecer a dignidade de uma vida já é importante e não o considero "caridadezinha". Muito menos o considero se tivermos em conta o grande número de pessoas que toda esta gente consegue humildemente ajudar.

Sem prejuízo das razões que estão na origem de muitas destas vidas, essas sim, têm que ser resolvidas em grande parte pela via política; penso contudo que perante a actual incapacidade do estado para resolver os problemas existentes, exemplos de dádiva e de generosidade como estes, têm sempre que ser realçados e incentivados.

Desejo-lhe um Bom Natal e um Óptimo Ano de 2006.
Miguel Xara Brasil

Nota: Esta é só uma parte da minha forma de estar na vida.

Resposta a Xara Brasil (in:pontinha.coisas.info)

Sexta-feira, 23 de Dezembro de 2005

Senhor Miguel Xara Brasil,

Li com atenção o seu "Também ando incomodado" onde se me dirige. Deixe-me desde já dizer-lhe que não retiro absolutamente nada ao que escrevi antes. Sobre o que me diz, deixe-me dizer-lhe o seguinte:

Tudo o que for feito para minorar o sofrimento das pessoas a que referimos, é, particularmente por elas, sempre bem aceite.

O meu contributo para essas pessoas está na minha acção política, uma acção para transformar a sociedade. É nisto que eu acredito, numa transformação da sociedade onde não haja lugar a "Ruas Augustas". Poderá discordar, aceito que sim. Mas é esta a minha forma de estar na vida.

No meu texto referia que "Guardem os peixes. Queremos as canas para a pesca". E penso que com isto disse tudo o que penso sobre a caridadezinha. Obviamente não enjeito nada do que entretanto se faça para minorar a vida deplorável daqueles que já são desgraçados. Mas o meu objectivo final é que todos tenhamos uma cana de pesca e que saibamos utilizá-la.

Provavelmente a sua maneira de estar na vida é diferente da minha, é contudo a sua forma de estar na vida.

Cordialmente,

FERNANDO MONTEIRO

15.12.05

DESALOJADOS EM FAMÕES

Estive uns dias de férias em família, o que geralmente faço todos os anos nesta época. Entre outras coisas aproveitei para escrever alguns textos, um dos quais sobre a importância da VIDA e da FAMÍLIA na sociedade actual, não porque eu tenha duvidas sobre estes temas, mas porque me parece que o estado, as autoridades e até a sociedade em geral andam um pouco “distraídos”.

Já nas últimas eleições autárquicas, onde fui cabeça de lista pelo à Junta de Freguesia de Famões, chamei a atenção para estes temas (Vida e Família). Todo o programa continha medidas com vista à defesa da vida e ao melhoramento da qualidade de vida das famílias, por isso, mas não só e embora tenha perdido as eleições, estou perfeitamente à vontade para falar deste tema.

Ao chegar de férias tive conhecimento da vergonhosa história que se passou a semana passada com desalojamento de uma família em Famões. Não está em causa a questão legal, não está em causa a eventual irresponsabilidade dos adultos, mas está em causa a decisão de deixar GENTE a dormir na rua, ao relento, com um frio danado, ainda para mais com 3 crianças à mistura. Essas sim, com toda a certeza INOCENTES.

Quando ouvimos falar dos Direitos do Homem, das Liberdades, das Democracias, das Igualdades, tudo temas da moda e que soam bem aos ouvidos, não nos podemos esquecer nunca, mas nunca, da VIDA e da FAMÍLIA e devemos ter sempre presente que não se pode construir uma sociedade sã, feliz e humana sem JUSTIÇA e AMOR.

Neste despejo “pode-se ter feito Justiça”, mas não houve Amor, o resultado está à vista e tem responsáveis entre eles os Autarcas eleitos pelo P.S. e pelo P.S.D. para a Câmara e para a Junta.

Meus amigos, passo agora a transcrever o texto que escrevi sobre a VIDA e a FAMÍLIA, o significado que ambas têm para mim, sobre o que eu penso que em prol delas devemos fazer e que especialmente nesta época de Natal todos podemos reflectir.

VIDA - É o maior direito do homem. Implica o direito a nascer e a viver com dignidade até à morte natural.

FAMÍLIA é por natureza o centro do Homem.É a grande responsável pela educação e formação do homem, é aí que homem nasce, cresce e é educado. No seu seio ganham-se afectos, aprende-se a dar e a receber, amar e a ser amado, a respeitar e a ser respeitado.
A Família é, ou deverá ser, o primeiro lugar de refúgio, de acolhimento, de protecção e de prevenção para alguns dos grandes problemas que afectam a sociedade actual.
Uma sociedade com famílias sólidas, felizes e estáveis, é com toda a certeza mais sã e mais humana, por essa razão, torna-se fundamental que toda a sociedade e o estado em particular tenha a família no centro das atenções, dando-lhe sempre prioridade em todas as políticas.
Resta-me ainda salientar que a criança de hoje é o homem de amanhã e ao hipotecarmos as famílias actuais, estamos a comprometer a sociedade de amanhã.

Miguel Xara Brasil

2.12.05

PEIXES

PEIXE

Francisca, a artista que faltava.

É a minha mulher!

É mesmo. Quando casámos tínhamos e continuamos a ter presente a convicção que em primeiro lugar estaria sempre a família e em particular a educação dos nossos filhos, por essa razão, quando nasceu o primeiro a Francisca optou deixar de “trabalhar” a tempo inteiro, para poder estar mais tempo com ele, veio o segundo e assim continuou.

Já lá vão 9 anos, agora estão ambos na escola, embora precisem de continuar a ser acompanhados e apoiados, é diferente.

Agora a Francisca mandou o “part-time” para o caraças (o patrão era um chato), resolveu dar uso à sua veia artística e começou a pintar; com esta atitude mantém a disponibilidade para a família, faz o que gosta e tenta ganhar umas “massas”.

Eu apoio, incentivo publicito.

Portanto já sabem ...

... vamos todos a encomendar quadros para este Natal.

http://www.kikaxara.blogspot.com/.

LÁPIS

FLORES PERSONALIZADAS

FLORES

CORRIDA DE CARROS

27.11.05

Aborto, mais excepções ? NÃO.

Para uma reflexão sobre este tema penso que é essencial saber o que é que se pretende alterar na lei (Lei n. 6/84 de 11 de Maio), assim temos:

1º - saber em que casos é que uma mulher pode recorrer neste momento, perante a lei actual, à Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG);

2º - saber o que é que o projecto de lei apresentado pelo grupo parlamentar do PS pretende alterar.

O que a lei actual já prevê, é que se possa proceder IVG nas 3 seguintes situações:

a) Por motivos terapêuticos relacionados coma saúde da mãe: Até às 12 semanas ou a todo o tempo no caso de perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida;

b) Até às 24 semanas ou a todo o tempo no caso de fetos inviáveis;

c) Na sequência de violação até ás 16 semanas.

O que o Grupo Parlamentar do PS se propõe alterar:

a) IVG a pedido da mulher e após uma consulta num Centro de Acolhimento Familiar, nas primeiras dez semanas de gravidez, para preservação da sua integridade moral, dignidade social ou maternidade consciente;

b) caso se mostre indicada para evitar perigo de morte ou grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica, da mulher grávida, designadamente por razões de natureza económica ou social, e for realizada nas primeiras 16 semanas de gravidez;

Resumindo, o referendo de que tanto se fala pretende por um lado aumentar o período de tempo das 12 para as 16 semanas no caso de situações relacionadas com a saúde da mãe, quando na lei actual já o prevê ao dizer “...ou a todo o tempo..” e por outro lado autorizar a IVG até ás 10 semanas, bastando para isso uma solicitação escrita da mulher.

Feita esta introdução, a qual só por si penso pode ser esclarecedora para muita gente (eu por exemplo para escrever este artigo tive que ir procurar informação a muitos lados), vou abordar aquilo que para mim está no centro da questão, sabendo que não sou possuidor da verdade absoluta em nenhum assunto, mas poderei contribuir para reflexão sobre este assunto.

Em primeiro concordo com uma frase do Papa João Paulo II e que coloco aqui para vossa reflexão :
“a legalização do aborto, não é senão a autorização dada aos adultos de tirar a vida a um ser humano que não se pode defender, antes de ele ver a luz do dia”. (João Paulo II, Pag. 518 – 2ª Edição –Biografia feita por Bernard Lecomte).

Partindo deste raciocínio (um bebé na barriga da mãe tem vida) o qual partilho e porque já estão actualmente salvaguardadas três situações, as quais nesses casos deixa ás mães a possibilidade de optar, sou da opinião que liberalizar indiscriminadamente o aborto até ás 10 semanas é um crime grosseiro, cometido não só pela mãe, como e sobretudo por todos nós.

Ora bem, partindo do momento que o bebé está na “barriga” da mãe tem vida. Outra questão muito falada e que se tem levantado é, a partir de quando é que se considera vida, se é desde que é concebido, se é ás 9, ás 10, ás 12, ás 16 semanas, etc., etc..

Para mim a vida começa no momento em que o bebé é concebido, sei que há opiniões diferentes, mas duvido que alguém diga com a mais profunda das convicções que ali não há uma vida, no mínimo penso que as pessoas que não pensam como eu, têm algumas duvidas sobre este ponto. Assim levanto esta suposição:

Se alguém que tiver que demolir um edifício por implusão e se tiver duvidas que está alguém lá dentro, dá a ordem para demolir, ou não?

Chegado aqui, depois de ter focado a questão da vida do bebé, certamente muitos de vós já estão a perguntar, e a mãe, e a mulher?

Antes de tocar nesse ponto, aliás importantíssimo, ainda por causa da vida e a forma como tem sido posta em causa, tenho tentado estar ainda mais atento ás pessoas e pergunto-me será que há alguém que esteja arrependido de ter nascido?; se sim, quantas?. Nesta observação que tenho tentado fazer não me pareceu ver muita gente nessa situação, aliás penso, que caso não fosse assim teríamos em Portugal uma taxa de suicídio muito maior. Tentei também perceber, embora sem lhes perguntar directamente, porque pode ser delicado para eles, como encaram a vida algumas pessoas que conheço, as quais sei foram adoptadas e aí também me parece que são pessoas que vivem felizes e que têm um grande amor à vida. Isto também ajuda para a reflexão sobre este tema.

Quanto ao problema das mulheres perante gravidezes indesejadas e a IVG.

Tirando as 3 situações em que já é possível recorrer à IVG, há os casos das mulheres que por “azar”, falta de cuidado e/ou de informação engravidam e para os quais todos e a sociedade em geral deve estar sensibilizada. Dentro destes casos há ainda sub-casos que pelos embaraços e dificuldades que provocam merecem “atenção especial”, como por exemplo o caso das adolescentes; o caso das mulheres e/ou famílias que têm dificuldades económicas e ou conjugais.

As questões que se levantam são:

- Será que as Mulheres no caso de engravidarem involuntariamente, por descuido ou não, poderão recorrer à IVG sem que sejam responsabilizadas;
- Será que as Mulheres que reincidam várias vezes nestas “gravidezes indesejadas”, poderão recorrer à IVG sem que sejam responsabilizadas;

Como certamente já perceberam a minha opinião é não, porque para mim é tirar a possibilidade a um ser humano de ver a luz do dia, de nascer e de viver.

Ao ter esta posição e opinião, não pensem que não me preocupo com a situação das mulheres, sobretudo daquelas que vivem com maiores dificuldades, porque me preocupo e muito. Mais, para além de me preocupar com elas, também me preocupo com o apoio que tem que ser dado aos filhos que elas têm.
Mas nestes pontos o Estado tem que intervir de uma forma positiva, incentivando-as a ter os seus filhos, a apoiá-las durante a gravidez e depois, ajudando-as na educação dos mesmos.

O Estado não pode andar, como anda, à procura de formas (clinicas estrangeiras) para IVG em vez de procurar meios de ajudar as mulheres a terem e a educarem as suas crianças.

Há muitas formas de ajudarem, incentivarem e apoiarem estas mulheres, é uma questão de vontade e determinação.

Caso estas mulheres, em última análise e só em última análise, não quiserem ficar a educar as crianças, poderão sempre entregá-las para adopção, pois há muita gente a querer adoptá-las.

Para mim é preferível entregar uma criança para adopção, do que não lhe dar a oportunidade de ver a luz do dia, de nascer, de viver e de ser feliz. Como em cima referi, conheço algumas pessoas que foram adoptadas e hoje em dia vivem felizes e contentes.

Ao falar da adopção sei que se levanta um outro problema/dilema, é que as mulheres preferem a solução da IVG, ou seja, não dar aos bebés a oportunidade de nascer, do que ter a criança e oferece-las para adopção, não será esta uma atitude muito egoísta?

Com esta questão, a qual dá para reflectir, termino aqui este post e volto muito em breve a este tema, para desenvolver pelo menos mais 3 pontos, os quais eu julgo essenciais sobre este assunto:

1 – A forma como o Estado pode ajudar a que não hajam Mulheres a querer recorrer à IVG.,
2 – O problema da adopção em Portugal;
3 – O papel do pai nesta situação.

26.11.05

VIDA - FAMÍLIA - INSTRUÇÃO - VALORES

VIDA - É o maior direito do homem. Implica o direito a nascer e a viver com dignidade até à morte natural.

FAMÍLIA - É a grande responsável pela educação e formação do homem. No seu seio, ganham-se afectos, amor, referencias, aprende-se a dar e a receber.

INSTRUÇÃO - É o elemento através do qual o homem se prepara para ter uma vida profissional e económica estável.

VALORES - São um conjunto de referências, os quais devem servir de base para a construção de uma sociedade, sã e humana.

EM BUSCA DE UMA VIDA MELHOR


Vida Melhor, é uma expressão tão simples, mas ao mesmo tempo tão complexa, sobretudo se olharmos para a realidade que nos rodeia.
Exemplos de pobreza, discriminação, exclusão, desigualdade de oportunidades, falta de solidariedade, injustiça, criminalidade, arrogância, vaidade, egoísmo, luxuria, gula, corrupção, etc., etc., não faltam à nossa volta, é só sairmos à rua e/ou ligarmos a televisão e/ou a rádio.
Às vezes pergunto a mim mesmo, será assim tão difícil mudar esta realidade, ou será muito mais fácil do que aquilo que todos nós pensamos?Não discuto que por ventura haja questões complexas e de difícil resolução, há com toda a certeza.
São medidas que se podem querer tomar e que não têm 100% de sucesso garantido, que podem ter riscos e que por isso mesmo são no mínimo discutíveis, que podem ser melindrosas para certas pessoas e até que podem ir contra interesses instalados; mas outras há que podem ser tomadas, muito simples por sinal e que todos, ou quase todos as aprovam, são as medidas de bom-senso.
Estou plenamente convencido que começando por medidas simples, de bom senso, podemos entrar no bom caminho, em busca de uma VIDA MELHOR, para isso antes de mais nada precisamos de delinear UM RUMO .

Nesse rumo temos que ter sempre presentes a VIDA, a FAMÍLIA, a INSTRUÇÃO e VALORES.